-
A Basílica de Nossa Senhora da Saúde está passando por reforma e restauração, desde o final do mês de agosto. A prioridade é a modernização da rede elétrica, que deve ser concluída até o final do ano. A previsão de gastos com as obras é de R$250 mil, conseguidos por meio de doações e eventos promovidos pela paróquia.
O padre Francisco Carlos Pereira, que assumiu a paróquia em fevereiro do ano passado, conta que a reforma elétrica é urgente. Em seguida, o foco serão os vitrais. “Os vitrais vinham se deteriorando ao longo do tempo. Tem mais de 50 anos e nunca passaram por um processo de restauro profissional”, explica.
Também já está ocorrendo a manutenção das calhas e a restauração das rosáceas, que são os altares laterais de São José e do Sagrado Coração de Jesus. “Tinha peças soltando”, comenta o padre.
O sistema de som será substituído. Segundo o pároco, “a sonorização é antiga, de péssima qualidade, com fiação toda exposta”. A expectativa é que o novo sistema esteja instalado até o início de outubro.
A previsão de término da parte elétrica é até o final do ano, quando será inaugurada a nova iluminação. “Vamos valorizar os arcos. Teremos uma luz escondida, de decoração e realce desses arcos. Na parte externa também, mas vamos correr o risco de mostrar a feiura, a sujeira dos detalhes que precisam melhorar”.
Assim que o interior for restaurado, será iniciado o trabalho externo, com limpeza e restauração dos tijolos. Durante essa primeira etapa, no mês de setembro, as celebrações na Igreja Matriz vão ocorrer apenas nos finais de semana. De segunda a sexta, a missa da manhã será na capela do colégio Jesus Maria José. À noite, na Igreja de Santo Antônio, que fica na Rua São Paulo.
Recursos
O padre Francisco calcula que as obras custem R$250 mil, conseguidos por meio de eventos e doações. Cerca de um terço estão em caixa desde 2012. “Os recursos são todos da comunidade”, diz.
Ainda será feito o contato com o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico de Poços de Caldas (Condephact). O objetivo é tentar parceria com o poder público, com a disponibilização de parte da verba necessária. “É um patrimônio tombado não pelo nosso pedido, mas pelo que o templo requer. Mais que um templo católico, é um legado para as gerações futuras”, argumenta.
História
O local que inicialmente abrigou um cemitério, teve a primeira edificação da igreja matriz datada de 1907, de frente para a rua Marquês do Paraná, atual rua Assis Figueiredo, de costas para a capela de São Benedito. Os prédios foram demolidos na década de 40 para abrigar a edificação atual, o que demandou grande esforço da comunidade para conseguir doações que viabilizassem a construção da igreja como a conhecemos hoje.
Confira fotos exclusivas da Basílica de Nossa Senhora da Saúde na nossa página no Facebook.