
Com a chegada de julho, o Brasil apresenta um cenário climático típico de inverno, mas com dois destaques importantes em relação a junho. As temperaturas voltaram a subir gradualmente e as chuvas se tornaram mais escassas em grande parte do território nacional.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o frio extremo perdeu força no centro-sul do país. Embora as manhãs ainda registrem mínimas abaixo dos 10°C no Sul e Sudeste. Ao mesmo tempo, o tempo seco tem se intensificado, com céu aberto e pouca nebulosidade predominando em diversas regiões.
Baixa umidade e riscos à saúde
O Inmet emitiu alertas para áreas centrais do país, onde a umidade relativa do ar pode chegar a níveis críticos, com valores próximos a 17%. Essa condição representa riscos importantes para a saúde da população, como agravamento de doenças respiratórias, além de aumentar a probabilidade de incêndios florestais.
Modelos climáticos de referência, como o ECMWF (Centro Europeu de Previsão de Tempo de Médio Prazo), indicam que julho continuará com chuvas abaixo da média histórica. Especialmente no Sudeste, Centro-Oeste e partes do Norte. As exceções são o Nordeste e o extremo Norte, onde a umidade vinda do Atlântico favorece a formação de precipitações.
Fenômenos climáticos desfavoráveis à chuva
O padrão seco persistente está sendo reforçado por fenômenos atmosféricos como:
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Oscilação Antártica (AAO): atualmente em fase que dificulta a formação de frentes frias e chuvas no centro-sul do país;
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Oscilação de Madden-Julian (MJO): também desfavorável à formação de nuvens carregadas, especialmente no centro-norte do Brasil.
Previsão de mudança em agosto
Apesar do cenário seco em julho, as previsões apontam para uma possível reversão desse padrão já a partir do final do mês. Mudanças nas fases da AAO e da MJO podem criar condições favoráveis ao avanço de frentes frias e sistemas de chuva em agosto.
Até lá, a recomendação dos especialistas é reforçar cuidados com a saúde, hidratação e evitar queimadas em áreas rurais e urbanas.