O juiz Tarcísio Marques decidiu pela impronúncia de Gerson Borges da Silva, acusado de tentar matar seis policiais militares em uma fazenda na zona rural de Botelhos, em novembro de 2024. A decisão, baseada na falta de provas concretas, liberou o réu, que respondeu em liberdade provisória após ter a prisão preventiva revogada.
Conforme a denúncia do Ministério Público, Gerson teria disparado contra os policiais durante uma operação que investigava um furto de caminhão. Os militares relataram que ele e um comparsa fugiram para um matagal após uma perseguição e que Gerson portava uma arma de fogo. No entanto, o revólver nunca foi encontrado e não houve perícia no local para confirmar os disparos. Vale lembrar que na ocasião o comparsa do acusado foi baleado e morto.
Já a defesa, os advogados Gabriel Felipe Carvalho Silva e Caike Mateus Pereira, sustentou na tese defensiva que não havia como o cliente ter atentado contra a vida dos policiais, já que não foi flagrado armado.
Sentença
Ao decidir pela impronúncia, ou seja, que o caso não deve ser levado a júri popular, o juiz destacou que os policiais deram versões diferentes sobre a arma. Enquanto um afirmou que era “brilhante e latente”, outro disse que era “prateada”. E uma testemunha declarou que parecia “escura”. Além disso, nenhuma arma vinculada ao acusado foi apreendida, apenas as armas dos próprios policiais.
A decisão ainda ressaltou que para a pronúncia é necessário prova mínima da materialidade do crime. Como a arma não foi localizada e os depoimentos foram inconsistentes, o juiz entendeu que não havia elementos suficientes para sustentar a acusação.
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