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Poços de Caldas

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Cordelteca de Poços de Caldas é inaugurada

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Cordelteca de Poços de Caldas é inaugurada
Divulgação

“O cordel levantou voo do vale caririense para as montanhas alterosas de Minas Gerais. Com isso o cordel dá um grande passo, como patrimônio imaterial brasileiro. O gênero literário reconhecido pelo Iphan teve a anuência também do sul de Minas. Como se não bastasse esse caldeirão de poetas e escritores que já existe aqui, o cordel é acolhido, ocupando o mesmo espaço. Um motivo de orgulho para a Academia dos Cordelistas do Crato também”.

As palavras da homenageada da noite, a cordelista Anilda Figueiredo, que empresta seu nome para a primeira cordelteca de Poços de Caldas, resumem bem o sentido da iniciativa: incentivar a difusão do cordel para além do Nordeste, como literatura brasileira.
Agora Poços de Caldas já tem uma Cordelteca para chamar de sua. A inauguração foi realizada na noite da última quinta-feira (13), na Biblioteca Municipal Centenário, dentro da programação da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas, iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.

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São mais de 600 exemplares à disposição da população, especialmente como ferramenta pedagógica para professores e alunos. A cordelteca leva o nome da cordelista cearense Anilda Figueiredo. “A literatura de cordel fez parte da minha infância. Serviu de material didático na minha alfabetização. Colocou-me na Academia Brasileira de Literatura de Cordel e na Academia dos Cordelistas do Crato, no Grupo de Cirandeiras do Cordel do Cariri. Como se não bastasse, trouxe-me ao sul de Minas, especialmente a Poços de Caldas, para ver de perto a poesia erudita e o cordel, de mãos dadas, incentivando a leitura e a escrita nas salas de aula, e descobrindo novos talentos. Isso é de um significado imensurável”, destaca Anilda Figueiredo, que não só esteve presente ao evento de inauguração como também declamou cordéis aos presentes.

Como nasceu a cordelteca?

A iniciativa da criação da primeira Cordelteca em Poços de Caldas partiu do projeto “O Cordel Canta Minas Gerais”, da escritora e atriz Beatriz Aquino, com produção executiva de Daniela Vilas Boas. Com proposta contemplada no Edital da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), a escritora visitou as cidades de Fortaleza e Crato, no Ceará, onde teve a oportunidade de conhecer a Cordelteca Maria das Neves Baptista Pimentel, dentro da Universidade de Fortaleza (Unifor), o Centro Acadêmico Patativa do Assaré, na Universidade Federal de Fortaleza e a Academia dos Cordelistas do Crato, onde pôde conhecer o valioso trabalho da Academia e seus membros.

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Beatriz Aquino conta que ficou cinco dias no Crato, onde foi recebida por Anilda Figueiredo. Foi lá, já em terras cearenses, que tomou conhecimento da relação da cordelista com Poços de Caldas. Como contrapartida do edital da PNAB, a escritora e atriz precisava realizar um evento para compartilhar as experiências vivenciadas durante a pesquisa, mas a riqueza do trabalho trouxe como desdobramentos a Cordelteca e uma oficina de cordéis ministrada pela própria Anilda Figueiredo.

“Minha missão era contar para a cidade o que eu tinha vivenciado no Ceará, através de um evento no Museu, mas o cordel é tão rico, tão necessário – porque apesar de falar de um recorte da alma nordestina, é uma literatura muito brasileira – e como eles foram generosos na doação de muitos cordéis e livros, eu levei para a Secretaria de Cultura a ideia para criarmos a primeira Cordelteca aqui em Poços de Caldas e tem sido lindo porque a Anilda decidiu vir por conta própria para ministrar a oficina. Agora, temos mais uma ferramenta educacional para a população e para os professores porque o Cordel é muito utilizado na alfabetização, além de ser uma ferramenta de crítica social, conhecido como o jornal do povo”, ressalta a idealizadora do projeto, Beatriz Aquino. “A Cordelteca é para sempre, fica aí o legado do cordel atravessando fronteiras e se derramando aqui pelo Sul de Minas”, finaliza.

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O secretário municipal de Cultura Nando Gonçalves enfatiza a importância da iniciativa e ressalta que os resultados ultrapassaram positivamente a contrapartida da Política Nacional Aldir Blanc, evidenciando a relevância das políticas públicas culturais.
Já a gerente das Bibliotecas Públicas, Elisa Cassaro, informou que o setor vai incentivar a difusão do acervo da Cordelteca, por meio de ações integradas com unidades educacionais, alunos e professores. “As duas ações foram um grande sucesso. É muito gratificante ver a biblioteca cheia, dinâmica, pulsante. A oficina e a inauguração da Cordelteca mostram que estamos no caminho certo no sentido do fomento à leitura e à literatura”, pontua.

 

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