A Polícia Civil, em coletiva na manhã desta terça-feira (22), informou que Natasha Cristina Curimbaba é inimputável pelo crime de assassinato cometido contra Pedro Granato, de 34 anos. A investigada passou por exame de sanidade que confirmou o seu estado mental.
As questões de saúde mental da investigada foram levantadas pela defesa logo após a prisão dela. Por isso, além de apresentar dados médicos anterior ao crime, ela foi submetida a um teste no Instituto Médico Legal (IML) em Belo Horizonte em setembro deste ano. Na ocasião três médicos psiquiátricos avaliaram as condições mentais de Natasha e concluíram pela sua insanidade, ou seja, há indícios de que ela estaria em surto psicótico quando cometeu o crime.
“O laudo concluído semana passada é no sentido de que a autora é inimputável, ou seja, no momento da ação ela não tinha condições de entender o caráter ilícito de seu comportamento”, pontua o delegado Cleyson Rodrigo Brene.
Ainda assim, Natasha permanece presa preventivamente. A situação dela, bem como o destino, deverá ser decidido pela justiça após a análise do laudo e dos pedidos da defesa. Ela poderá ser internada em uma clínica psiquiátrica.
Investigação
Além dos dados já divulgados anteriormente pela polícia, um novo foi apresentado na coletiva. O fato de a autora ter ido a um salão de cabeleireiro no dia seguinte ao crime.
No salão ela teria realizado um corte e agiu normalmente, ou seja, como se não tivesse matado o namorado no dia anterior.
Funcionários do condomínio também pontuaram que havia um histórico de medo e violência da autora, que fundamentaram a prisão preventiva de Natasha.
O carro usado pela autora, que até então não havia sido encontrado, foi recuperado em uma propriedade na zona rural. “Identificamos manchas de sangue na maçaneta, do lado de fora do veículo, confirmando o laudo pericial inicial de que os golpes ocorreram do lado de fora do carro”, pontua o delegado.
O caso
Pedro foi morto em 28 de julho no Parque Vivaldi Leite Ribeiro. Vídeos do corpo dele caindo de uma ribanceira antes de ser encontrado por dois jovens chocaram a população.
Ao receber as informações da morte de Pedro, a Polícia Civil deu início às investigações e chegou até a autoria do crime, Natasha Cristina Curimbaba, namorada da vítima.
Ela foi presa em uma clínica psiquiátrica no Rio de Janeiro, sendo indiciada por homicídio qualificado, por recurso que dificultou a defesa da vítima.
A polícia recolheu ao longo das investigações provas de que ela seria a autora. Inclusive imagens que mostram ela e a vítima deixando o condomínio onde moravam antes do crime, no carro dela. Porém Natasha retorna sozinha.
