A Polícia Civil vai apresentar à imprensa nesta terça-feira (22) o resultado do inquérito policial que apurou o assassinato cometido contra Pedro Granato em julho deste ano. A então namorada do rapaz, Natasha Cristina Curimbaba, foi presa no dia 7 de agosto, em uma clínica no Rio de Janeiro. Os advogados chegaram a pedir para que ela respondesse em liberdade, mas os pedidos foram negados em todas as instâncias.
Os resultados a serem apresentados pela Polícia Civil se referem aos dados da investigação e das provas contra a namorada. Até então a motivação do crime não havia sido esclarecida. Além disso, o inquérito já foi remetido ao titular da ação penal, o Ministério Público.
Vale lembrar que a denúncia de homicídio qualificado contra Natasha foi apresentada à Justiça pelo Ministério Público em 13 de outubro.
Insanidade
A defesa de Natasha chegou a solicitar no Superior Tribunal de Justiça a sua liberdade. Ela ainda segue em prisão preventiva. No entanto, o juiz de 1ª instância encaminhou esclarecimentos de que neste momento os andamentos do processo estão paralisados para aguardar a homologação do exame de sanidade mental.
Assim, o ministro Otávio de Almeida Toledo, do STJ, indeferiu o pedido de habeas corpus. No pedido, a defesa de Natasha argumentou que a prisão preventiva representava um grave risco à sua saúde devido a uma crise psicótica. Os advogados solicitaram a substituição da prisão por internação em clínica psiquiátrica ou outra medida cautelar, mencionando a ausência de perigo em mantê-la livre enquanto as investigações prosseguem.
O ministro, no entanto, decidiu manter a prisão preventiva com base na necessidade de garantir a continuidade das investigações. Ele destacou que Natasha foi a última pessoa vista com a vítima no local do crime e que sua tentativa de viajar para os Estados Unidos, embora cancelada, apontava para um risco de fuga. Além disso, mencionou o histórico violento de Natasha e sua reiteração no uso de armas brancas, incluindo um incidente em 2022.
A decisão ressalta que a concessão de liminares em habeas corpus é medida de extrema excepcionalidade e que, neste caso, não há evidências claras de constrangimento ilegal. Com isso, o pedido liminar foi negado, e o processo seguirá para julgamento definitivo.
Relembre o caso clicando aqui.
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