
Termina hoje a série de reportagens com Paulo Ney, secretário de Governo de Poços de Caldas. Em uma entrevista exclusiva, ele falou sobre temas como a possibilidade de candidatura a prefeito (clique aqui para ler) e as mudanças do trânsito na área central (saiba mais neste link).
Nesta reportagem são tratados temas como a demolição do Complexo Santa Cruz, a expectativa para a exploração das terras raras, a concessão do monotrilho à iniciativa privada e a fase final de construção do centro administrativo.
Centro administrativo
As obras do centro administrativo começaram há cerca de um ano. Atualmente estão na fase de acabamento, com foco no pastilhamento e na parte interna dos cômodos onde vão ficar as secretarias municipais.
Em seguida, será a vez dos trabalhos de jardinagem. Paulo Ney acredita que o prédio estará pronto até o início de julho, quando começa a mudança para o local.
Complexo Santa Cruz
Inclusive, o terreno onde está o Complexo Santa Cruz será utilizado como parte do pagamento da empresa responsável pelas obras do centro administrativo. Hoje em dia, o prédio abandonado é ocupado por pessoas em situação de rua, apesar da estrutura correr risco de desabamento.
A empresa já deu entrada, na secretaria de Planejamento, no projeto de demolição do imóvel e construção de um hotel, o que deve ser iniciado nos próximos meses. “O projeto de demolição está tramitando na secretaria de Planejamento, mas em 30 dias o Complexo Santa Cruz já passa para a posse deles”, informa o secretário de Governo.
Quanto às pessoas que ocupam o espaço, Paulo Ney explica que há um trabalho específico realizado pela secretaria de Promoção Social. “Temos feito um trabalho constante, não só de tirar eles dali, mas encaminhar para outro local e orientar para que eles não voltem”.
Terras raras
A exploração de terras raras em Poços de Caldas tem criado uma grande expectativa para a economia local. Segundo o secretário, esta atividade inicia um novo ciclo do município. Efetivamente, a mineração começa em 2026, mas as empresas australianas Viridis e Meteoric Resources já estão trabalhando na prospecção e serviços administrativos.
Quanto ao impacto ambiental, Paulo Ney afirma que é baixo. “O material que eles retiram é superficial, não é uma mineração tão agressiva e eles já trabalham fazendo a recomposição de forma automática”.
Porto Seco
Neste contexto econômico, a vazão dos produtos locais passa a ficar ainda mais estratégica. Por isso, a administração tem buscado a instalação de um porto seco no município.
“Com as vindas das indústrias, isso se tornou mais do que um desejo, passou a ser uma necessidade”, diz o secretário.
Ainda segundo Paulo Ney, o projeto tem apoio das empresas locais e do Estado de Minas Gerais, assim como da Receita Federal.
“O porto seco vai trazer uma nova cara para o setor industrial de postos, ainda mais agora com a vinda das empresas de mineração de terras raras. Já foram duas empresas anunciadas e elas dependem do ramal ferroviário para mandar os produtos delas ao porto de Santos”, acrescenta.
Trincheira e monotrilho
Além da alteração do sentido de tráfego na rua Junqueiras e na avenida Francisco Salles, ainda há outras mudanças programadas para este ano. Entre elas, a construção de uma trincheira na rotatória da rodovia do Contorno próxima à represa Saturnino de Brito, onde há o acesso para a zona sul.
Aquela área pertence ao governo estadual, mas o projeto para construção da trincheira deve ser concluído em breve. Em seguida, o município vai buscar recursos. “Alguns deputados estão nos ajudando. Mauro Tramonte (Republicanos), principalmente, que está indo atrás. Acredito até que não inicie a obra nesse governo, mas vai estar o projeto pronto, o recurso pronto para executar no futuro”, esclarece.
Quanto ao monotrilho, Paulo Ney informa que atualmente a estrutura está sendo analisada por uma empresa contratada pela prefeitura. O prazo final para elaboração do laudo é no mês de abril, por isso novos passos nesta questão devem ser definidos em breve.
O secretário afirma que o diagnóstico inicial é positivo. “Inicialmente, o que a gente tem de informação é que a estrutura está apta”, relata.
Assim que o laudo for assinado, o plano é abrir um edital de concessão que incluirá a reposição do trecho que falta e a operação do veículo.
Paulo Ney ainda ressaltou que há diversas empresas interessadas no monotrilho. “Eu acredito que, se a estrutura estiver ok, a viabilidade do monotrilho voltar a funcionar é muito grande”.