A Justiça determinou que o adolescente de 17 anos, que manteve familiares reféns por cerca de 12 horas em uma casa do Bortolan, passe por uma avaliação médica. A decisão veio após o pedido de internação do rapaz em razão do crime.
A avaliação médica foi determinada pelo juiz da Vara da Infância e Juventude de Poços de Caldas José Henrique Mallmann. Com isso, o jovem que estava internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi encaminhado para o hospital credenciado em atendimento psiquiátrico, que vai avaliar a saúde mental do jovem.
A intervenção médica no caso foi solicitada, uma vez que as informações iniciais são de que ele teria dado início ao cárcere privado por estar em surto psicótico por abstinência às drogas.
O laudo vai servir de base para determinar os próximos passos a serem adotados com relação ao infrator e ajuda na decisão de pedir ou não a internação em um hospital penal.
A expectativa é que a avaliação médica seja concluída ainda nesta segunda-feira (25), quando a documentação deverá ser devolvida ao fórum e apreciada pelo juízo já com a decisão.
O caso
O cárcere privado de um jovem de 15 anos e uma idosa de 70 anos, registrado em Poços de Caldas na última quinta-feira (21), começou com uma discussão entre irmãos. O jovem de 17 anos manteve os familiares por cerca de 12 horas trancados sob a ameaça de uma faca.
De acordo com a Polícia Militar, foi a mãe dos menores quem pediu ajuda, após a briga entre irmãos terminar com um adolescente e uma idosa trancados dentro da casa.
O Batalhão de Operações Especial (Bope) de Belo Horizonte chegou a ser acionado, como medida prevista dentro do protocolo de atendimento de preservação à vida. A equipe saiu da capital e quando chegava ao local dos fatos, o jovem se rendeu. Ele soltou os instrumentos perfurocortantes que empunhava, duas tesouras e uma faca, e os policiais militares entraram na casa e o apreenderam.
As vítimas e o infrator foram encaminhados para atendimento médico.
