Na tarde desta quinta-feira (1º), imprensa e torcedores puderam conhecer o elenco e o novo uniforme do Vulcão, que após quatro anos parado volta às atividades em busca de ressurgir no cenário do futebol mineiro. No Palace Hotel, a nova diretoria falou dos desafios da retomada do Poços de Caldas Futebol Clube e das ambições do time a longo prazo.
A apresentação começou com uma entrevista coletiva do novo presidente do Vulcão, Thales Assis, do vice Diego Nogueira e do treinador Marcelo Albino. Muitas questões foram abordadas, como a saúde financeira do clube, o programa sócio torcedor, o fato da equipe treinar em Caldas, o que pode ser um empecilho para a imprensa cobrir o time, e a relação com a Caldense.
Sobre a questão financeira do Poços de Caldas e para que ele não siga o mesmo caminho da sua primeira fase, com ascensão e queda, o presidente Thales Assis destaca que é necessário ter os pés no chão. “Nós vamos ter patrocínios formais, como todos os times, camisa e placas. Mas vamos fazer de tudo para cortar despesas. Por exemplo, não estamos pagando nada no local de treinamento, conseguimos de graça. Então, além de ganhar o dinheiro, você pode diminuir onde você gasta. Já temos parceria com empresas de alimentos, para que possamos conseguir de graça, ou pela metade do preço. Outro objetivo é encher o estádio, através de nosso programa sócio torcedor, que vai ser o Sócio Vulcão, e já começa a ser vendido nesta sexta”, explica Thales, que é de São Paulo e falou da escolha do Vulcão para realizar esse trabalho.
“Somos de São Paulo, mas lá o mercado é muito fechado, os quatro grandes dominam ali. Você pode chegar na 1º divisão e ter um estádio com 100 pessoas, com ninguém para torcer. Já aqui em Minas, o pessoal torce muito para times de fora, não torcem para time de Minas, então há muito espaço para crescer, como é o caso da Chapecoense, por exemplo”, destacou o presidente do Vulcão, que falou ainda da rivalidade do time com a Caldense.
“Temos que ser realistas, a Caldense é um time de muita história e nós estamos chegando agora. Não vou falar que eu sou rival da Caldense, a gente está muito abaixo. Hoje, não tem rivalidade nenhuma, somos no máximo um primo pobre”, afirmou o realista Thales Assis.
Após a coletiva foram apresentados os membros da comissão técnica e um vídeo com todo o elenco do time. Logo depois, alguns atletas desfilaram para mostrar os uniformes que vão ser usados nessa segunda divisão do Mineiro, na qual o time estreia dia 29 de julho, contra o Atlético B, no Ronaldão.
Um dos atletas apresentados foi o atacante Willian, de 27 anos, que já foi artilheiro da Segunda Divisão do Mineiro jogando pelo Jacutinga. “Já tenho experiência nesta divisão, já disputei algumas vezes. Inclusive, em 2013, fui o artilheiro jogando pelo Jacutinga. É uma divisão muito complicada de jogar, não adianta só técnica, tem que ter muita raça, senão não chega a lugar nenhum. Mas confio nessa equipe, a estrutura é boa, a diretoria é séria e tem tudo para dar certo”, diz o atacante.
Único representante do Sul de Minas, o Poços de Caldas Futebol Clube, após 4 anos sem disputar nenhuma competição, estreia contra o Atlético B, no dia 29 de julho, no Estádio Ronaldo Junqueira.
A Segunda Divisão do Mineiro terá a participação de nove clubes, começa em 29 de julho e termina em 29 de outubro. Os times se enfrentarão em turno e returno, no formato de pontos corridos, e os dois melhores classificados subirão ao Módulo II do Estadual em 2018.
Além do Vulcão e do Atlético B, participarão da Segunda Divisão os seguintes clubes: Associação Desportiva Internacional de Minas, de Uberlândia; Betis Futebol Clube, de Ouro Branco; Coimbra Esporte Clube, de Nova Lima; Democrata Futebol Clube, de Sete Lagoas; Ipatinga Futebol Clube, de Ipatinga; Ponte Nova Futebol Clube, de Ponte Nova e União Luziense Esporte Clube, de Santa Luzia.