O Kartódromo “Francisco Mathias de Carvalho”, no Véu das Noivas, começou a ser demolido oficialmente esta semana. A decisão foi tomada após o vereador Rogério Carrilo (PT) encaminhar ao Executivo um pedido de desativação na última segunda-feira (8). A solicitação foi feita pelos moradores próximos ao local, que alegam que o espaço é utilizado por usuários de drogas, moradores de ruas e prostitutas. Além disso, eles dizem que motoqueiros utilizam o espaço para disputar rachas aos finais de semana.
As mudanças no local já começaram a acontecer: materiais foram retirados, boxes foram demolidos, entre outros procedimentos. Segundo o prefeito Eloísio Lourenço, já existem duas propostas para o local, ainda em estudo: um ambiente de lazer para a população, onde a pista seria aproveitada para caminhada e ciclismo; ou uma academia popular ao ar livre, com brinquedos para as crianças. Há ainda a possibilidade de se abrir licitação para que o espaço seja incumbência de iniciativa privada. Todas as opções ainda serão discutidas e analisadas.
Boa notícia para os moradores do Véu das Noivas, que terão seu pedido acatado formalmente pelo Executivo em breve. No entanto, muitas pessoas estão insatisfeitas com a decisão. O desenhista industrial Álvaro Danza criou uma petição pública na tentativa de unir assinaturas e reverter a situação, que pode ser assinada neste link. “O que me causa indignação é a solução encontrada. É um parque público, abandonado como muitos outros. A solução para o abandono não deve ser a demolição, e sim o uso”, afirma.
Ele continua: “Dando utilidade, os usuários de drogas buscam outro canto naturalmente. Agora os motoqueiros vão correr nas ruas”, acredita. Ele ainda propôs uma solução parecida com o que existe hoje no Parque Municipal Antônio Molinari. “Por que não estipular regras e horários? Nem que seja para cobrar uma taxa simbólica para a manutenção do espaço. Poderia ser aberto à visitação, como parque, cobrando uma taxa para quem quiser competir. Temos aqui do lado o Campeonato Paulista de Kart. Por que não fazer um evento anual? ”, sugere.