Os funcionários do SAMU ficaram surpresos com um comunicado recebido quarta-feira, 17. O documento informa que os dez telefonistas que trabalham no local não receberão mais o adicional de insalubridade, verba incluída nos pagamentos desde 2007.
Uma telefonista, que não quer se identificar, argumenta sobre a necessidade do adicional. “Nosso ambiente de trabalho tem que ser silencioso, mas nossa sala fica voltada para a rua, tem gente falando o tempo todo e ainda o barulho dos rádios, sem isolamento acústico”.
Mas os ruídos não justificam a insalubridade, de acordo com o laudo elaborado pela engenheira do trabalho Rosane Garcia. A análise do local foi solicitada pela prefeitura, já que os operadores de rádio não recebiam o adicional e se tornou necessária a equiparação com os telefonistas.
De acordo com a secretária de Administração e Gestão de Pessoas, Maria Luisa Untura Carneiro, o laudo não detectou nenhum agente nocivo à saúde dos trabalhadores. Por isso, o corte do adicional. “Se fosse devido, não teríamos problema nenhum em pagar. Mas não é devido, temos que arrumar a casa”, informa a secretária.
O adicional era pago considerando-se 20% do salário mínimo.