
Na manhã desta terça-feira (18), uma comitiva de Águas da Prata-SP participou de audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais para defender a posição contrária do município à mineração de terras raras na região. O prefeito Carlos Henrique chefiou a delegação. E contou com o secretário municipal de Meio Ambiente Marcos Santos, do presidente da Câmara Rafael Dezena e da vereadora Lucinda Noronha, além de ambientalistas e moradores.
Durante o debate, o prefeito destacou os riscos de contaminação do solo. “Temos cinco engarrafadoras de água na cidade. Imagine se o solo sofrer contaminação, o prejuízo seria imenso. Estamos sendo negligenciados e não vamos admitir isso”. Ele reforçou a falta de transparência no processo. “Sempre que pedimos informações, somos evitados”.
A audiência, que teve como objetivo discutir os impactos socioambientais e econômicos da mineração no planalto vulcânico mineiro, teve presidência da deputada Bella Gonçalves (PSOL). A parlamentar elogiou a participação dos pratenses e comprometeu-se a levar as preocupações do município a órgãos federais competentes.
O presidente da Câmara Rafael Dezena destacou as ações já realizadas pelo legislativo municipal. “Estivemos na ANA, Fundação Mata Atlântica e SP Águas pedindo apoio”. No entanto, ele reforçou que Águas da Prata vem sendo ignorada tanto nos estudos quanto nas decisões.
Por sua vez, a vereadora Lucinda Noronha apontou inconsistências nos estudos do projeto Colosso. “O licenciamento está sendo conduzido apenas em Minas Gerais, mesmo que o empreendimento cruze limites estaduais”.
Por fim, a comitiva encerrou sua participação reafirmando que continuará a buscar órgãos estaduais e federais, incluindo Ibama, ANA e Ministério Público, com o objetivo de garantir uma avaliação completa dos impactos da mineração no município.








