
O furacão Melissa atingiu a categoria 5 na manhã desta segunda-feira (27), tornando-se uma das tempestades mais intensas já registradas no Atlântico nos últimos anos. Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), os ventos sustentados alcançaram aproximadamente 280 km/h, com rajadas ainda mais fortes. Enquanto o sistema se desloca lentamente em direção ao Caribe central.
Na rota
A Jamaica está na rota direta do fenômeno e declarou estado de emergência. Autoridades locais abriram mais de 800 abrigos e determinaram evacuações obrigatórias em áreas costeiras e regiões de risco para deslizamentos. A expectativa é de que Melissa provoque inundações severas, marés de tempestade com elevação do nível do mar entre 3 e 4 metros e volumes de chuva que podem ultrapassar 1 metro em áreas montanhosas.
O lento deslocamento da tempestade preocupa meteorologistas, pois aumenta o tempo de exposição dos territórios aos ventos extremos e às chuvas torrenciais. A previsão aponta que o furacão poderá afetar também o sul de Cuba e as Ilhas Cayman nas próximas 48 horas. No Haiti e na República Dominicana, as chuvas associadas às bandas externas do sistema já provocam alagamentos e deslizamentos, com registros preliminares de danos estruturais.
Aquecimento global
Especialistas destacam que a rápida intensificação de Melissa está associada às altas temperaturas da superfície do mar no Atlântico, fenômeno ligado ao aquecimento global. A Organização Meteorológica Mundial alertou que o evento pode se tornar um marco histórico na temporada de furacões de 2025 devido ao seu potencial destrutivo.
Governos da região reforçam o apelo para que a população siga os protocolos de segurança e as diretrizes de evacuação. Linhas de energia, telecomunicações e transporte podem ser interrompidas por tempo indeterminado após a passagem do ciclone. O NHC continua monitorando a trajetória do furacão, que permanece imprevisível e com risco de causar danos de grande escala nos países caribenhos.








