
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) respondeu a um pedido de informações do vereador Tiago Mafra (PT) sobre a operação de retirada de aguapés na represa Bortolan. O documento esclarece as razões da permanência das plantas, detalha a metodologia utilizada e apresenta números sobre a quantidade removida.
Vandalismo prejudicou operação
Segundo a Semmas, a infestação atual está concentrada na parte baixa da represa, próxima a bares e restaurantes, que não foi contemplada pela operação concluída em junho. O rompimento do cabo de aço que sustentava as boias de contenção, provocado por vandalismo, permitiu que os aguapés voltassem a ocupar áreas já limpas.
A pasta destacou que a remoção mecânica é o método mais indicado por apresentar menor impacto ambiental, sendo preferível ao uso de herbicidas.
Toneladas removidas
Entre maio e junho de 2025, foram retiradas 2.572 toneladas de aguapés. A média estimada é de 42,8 toneladas por dia de trabalho. No período de 21 de maio a 27 de junho, a quantidade coletada chegou a cerca de 900 toneladas.
Causas ambientais
O relatório aponta que a proliferação dos aguapés está relacionada a fatores como excesso de nutrientes decorrentes de efluentes e atividades agrícolas, desequilíbrio químico e biológico da água. E ainda alterações hidrológicas e ausência de herbívoros naturais. Esses fatores combinados favorecem o crescimento acelerado das macrófitas.
Projeto de manejo integrado
A Semmas informou que o projeto de manejo integrado, anunciado em abril, ainda está em fase de elaboração de documentos técnicos. Como o Estudo Técnico Preliminar e o Mapa de Risco. Não há prazo definido para a conclusão.
Próximos passos
A equipe técnica da Secretaria realiza o monitoramento da represa, sem servidores exclusivos para a função. Uma nova intervenção deverá ocorrer em parceria com a Secretaria de Obras, durante a construção da ponte da estrada da Celanese. A metodologia continuará sendo a remoção mecânica.