
Outubro de 2025 promete ser um mês movimentado para os amantes da astronomia e da exploração espacial. Haverá uma superlua, que acontece quando o satélite natural está mais próximo da Terra e em sua fase cheia. Com isso, a Lua irá parecer maior e mais brilhante do que o comum. Além disso, os astrônomos amadores poderão observar alguns cometas que também serão visíveis com binóculos ou com telescópios.
No entanto, o destaque das observações no mês de outubro será a chuva de meteoros Orionídeas que é formada por fragmentos deixados pelo cometa Halley na sua última passagem. Ela deverá atingir seu pico por volta de 21 e 22 de outubro, com a expectativa de até 20 meteoros por hora. Outro evento importante será o periélio do cometa interestelar 3I/Atlas, quando ele atingirá seu ponto mais próximo do Sol e não será observado por um tempo.
Além dos fenômenos astronômicos, outubro também terá eventos importantes na direção da exploração espacial. Estão previstos alguns lançamentos orbitais de satélites e missões de carga liderados pela empresa SpaceX, mas o destaque ficará com a missão tripulada, Shenzhou-21, rumo à estação espacial Tiangong. Essa nova etapa do programa espacial da China deve incluir experimentos científicos e a manutenção contínua da estação espacial até a próxima missão em 2026.
Outubro será um mês que não tem como escapar de eventos astronômicos no céu terrestre. Ele já começa com três cometas que poderão ser observados com binóculos ou telescópios caseiros. Um dos cometas é o C/2025 K1 que atinge o periélio em 8 de outubro, em seguida, o C/2025 R2 que chega ao ponto mais próximo da Terra em 19 de outubro e, finalmente, o C/2025 A6 será visível no fim do mês.
Superlua
Falando na Lua, esse mês terá a chamada Superlua da Colheita, na noite de 6 para 7 de outubro. Ela é a primeira das três superluas consecutivas que acontecerão nesse final de ano. A Lua irá parecer 14% mais brilhante e também deixará a impressão de estar maior no céu por causa da proximidade. O mês também terá alinhamentos como uma rara conjunção entre Mercúrio e Marte no dia 19. E no dia 23, a Lua, Marte e Mercúrio formarão um triângulo visível na direção da constelação de Libra.
Resquícios do cometa Halley
A chuva de meteoros Oriônidas são resquícios do cometa Halley em sua última passagem perto da Terra em 1986. O cometa é o mais famoso passa perto da Terra e fica visível a cada 76 anos. Recentemente ele começou o retorno para o interior do Sistema Solar. Quando o Halley passa perto do Sol, ele deixa para trás uma trilha de poeira e fragmentos. Todos os anos, em outubro, a Terra atravessa essa região e as partículas entram em nossa atmosfera a velocidades chegando a 66 km/s.
Com isso, essas partículas acabam produzindo riscos luminosos, conhecidos popularmentepor estrelas cadentes. Recebem esse nome porque parecem vir da direção da constelação de Órion, próxima à estrela Betelgeuse. O pico ocorre entre os dias 20 e 22 de outubro, coincidindo também com a Lua Nova, que deixa o céu mais escuro e melhores condições de observação. Com pouca poluição luminosa, será possível observar até 20 meteoros por hora.
Uma despedida temporária
O cometa 3I/Atlas atingirá seu ponto mais próximo do Sol em 29 de outubro, a uma distância de cerca de aproximadamente 203 milhões de quilômetros. Nesse período, ele estará entre as órbitas da Terra e de Marte, completando a trajetória esperada dele dentro do Sistema Solar. No início de outubro, o 3I/Atlas já terá realizado sua maior aproximação com Marte, sendo uma das últimas oportunidades de observação com mais detalhes.