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Estudo da UFMG aponta aumento do consumo abusivo de álcool entre mulheres no Brasil

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Estudo da UFMG aponta aumento do consumo abusivo de álcool entre mulheres no Brasil
imagem ilustrativa

Um estudo publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia revela mudanças importantes no comportamento de saúde da população adulta das capitais brasileiras entre 2006 e 2023. A pesquisa, conduzida por especialistas da Escola de Enfermagem da UFMG, em parceria com a ACT Promoção da Saúde e o Ministério da Saúde, indica que houve aumento do consumo abusivo de álcool entre as mulheres. Além disso, houve crescimento da obesidade, excesso de peso, hipertensão e diabetes em ambos os sexos. Por outro lado, houve registro de redução do tabagismo e do consumo regular de feijão, um marcador de alimentação saudável.

Coordenado pela professora Deborah Carvalho Malta, do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública da UFMG, o trabalho utilizou dados do sistema Vigitel, com base em mais de 800 mil entrevistas telefônicas realizadas em todas as capitais brasileiras ao longo de 17 anos.

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Álcool e mudanças de comportamento

O consumo abusivo de bebidas alcoólicas é definido como cinco ou mais doses em uma única ocasião para homens e quatro ou mais doses para mulheres, ao menos uma vez nos últimos 30 dias. Entre os homens, esse índice se manteve estável, em torno de 25%. Já entre as mulheres, mais que dobrou, passando de 7,7% em 2006 para 15,2% em 2023.

A pesquisa também mostra que o excesso de peso cresceu de 38,5% para 59,6% entre as mulheres e de 47,6% para 63,4% entre os homens. A prática de atividade física no lazer apresentou melhora: de 22,1% para 36,2% no grupo feminino e de 39% para 45,8% no masculino.

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Tabagismo em queda

O levantamento identificou uma queda significativa na prevalência do tabagismo: entre as mulheres, passou de 12,4% para 7,2%, enquanto entre os homens caiu de 19,3% para 11,7%.

Alimentação e doenças crônicas

O estudo aponta ainda que o consumo regular de feijão diminuiu, passando de 61% para 54,1% entre mulheres e de 73,7% para 63,8% entre homens. Já o consumo de frutas e hortaliças permaneceu baixo, em torno de 20%. Paralelamente, houve crescimento nos índices de hipertensão e diabetes nos dois sexos.

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Impacto social e necessidade de políticas públicas

Segundo a professora Deborah Malta, os resultados evidenciam que os fatores de risco e de proteção das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) apresentam diferenças significativas entre homens e mulheres. Essas diferenças têm influências de questões biológicas, sociais e econômicas.

“É importante conhecer a distribuição e magnitude dessas doenças em uma perspectiva de sexo. Isso é necessário para identificar vulnerabilidades e necessidades específicas, aprimorar as intervenções e impulsionar políticas públicas mais inclusivas”, destacou.

A pesquisa também relaciona o aumento do consumo de álcool entre mulheres às estratégias de marketing. Além disso, ligado ao uso das redes sociais voltadas ao público feminino. Já a queda do tabagismo é atribuída ao fortalecimento das políticas de controle do tabaco no Brasil e no mundo.

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Para Malta, o estudo reforça a necessidade de manter o monitoramento contínuo dos indicadores de saúde, investir em educação em saúde, além de discutir medidas como restrições à publicidade de bebidas alcoólicas e aumento de impostos sobre esses produtos.

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