
Entre janeiro e junho de 2025, a Central de Regulação Médica do Samu de Poços de Caldas recebeu 10.579 ligações, das quais 593 foram identificadas como trotes. O número preocupa a coordenação do serviço, que alerta para o risco que esse tipo de ação representa.
No período, 4.893 ocorrências resultaram no envio de viaturas, 2.822 geraram orientações médicas por telefone e 1.862 orientações não médicas. Houve ainda 409 ligações perdidas.
Irresponsabilidade
O coordenador do Samu Flávio Pessoa enfatiza que o trote é mais do que uma brincadeira de mau gosto.
“Passar trote para serviços de emergência, como o Samu, é um ato grave e irresponsável que pode ter consequências sérias. Não apenas desvia recursos que poderiam atender emergências reais, mas também pode significar atraso no atendimento a pessoas que precisam de ajuda. Passar trote para serviços de emergência pode resultar em consequências legais, incluindo multas, prisão e outras penalidades previstas em lei.”
A Central de Regulação Médica é o núcleo estratégico do atendimento pré-hospitalar. Garantindo triagem eficiente, integração com outros serviços de saúde e priorização de casos graves. Cada ligação passa por avaliação para que o tempo tenha aproveitamento da melhor forma na preservação de vidas.
Para orientar a população, o Samu reforça:
Quando ligar: problemas cardiorrespiratórios, intoxicações, queimaduras graves, trabalho de parto de risco, tentativa de suicídio, crises hipertensivas, dores no peito súbitas, acidentes com vítimas, choque elétrico, suspeita de infarto ou AVC, e outras situações de urgência ou emergência.
Quando não ligar: febre prolongada, dores crônicas, vômitos, diarreia, transporte para consultas ou exames, dor de dente, traumas leves, cortes superficiais e transferências sem regulação médica.
O secretário municipal de Saúde, Dr. Luis Augusto de Faria Cardoso, parabenizou o trabalho da equipe e reforçou o alerta. “São verdadeiros heróis que dedicam suas vidas para salvar outras, mas os trotes colocam tudo isso em risco. É fundamental que a população use o serviço com responsabilidade.”