
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) está recomendando que os municípios avancem para as próximas fases da imunização contra a covid-19 com a vacina bivalente. Em Minas Gerais, o público prioritário das cinco fases da campanha é de aproximadamente seis milhões de pessoas.
Com a orientação, os municípios que possuírem os imunizantes podem vacinar as pessoas que pertencem aos grupos prioritários, mas não estão contempladas na fase 1, atual. A medida evita que, diante da abertura de frasco multidose, ocorra o desperdício de doses.
“A vacina bivalente protege contra a cepa original e contra as demais variantes da covid-19. A Secretaria de Saúde de Minas Gerais distribuiu até o momento mais de 2 milhões de doses de vacinas bivalentes e mais de 220 mil mineiros e mineiras já tomaram essa vacina. Portanto orientamos aos municípios que avancem para as próximas etapas do público prioritário”, explica o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG Eduardo Prosdocimi.
As fases
A fase 1 da campanha contempla as pessoas com 70 anos ou mais. Também integram a fase 1 indivíduos vivendo em instituições de longa permanência (ILP), trabalhadores dessas instituições, imunocomprometidos, pessoas das comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, todos com 12 ou mais anos de idade. Esses grupos devem seguir se vacinando.
A partir da nova recomendação da SES-MG, pode se vacinar também o grupo das próximas fases, que são as pessoas de 60 a 69 anos de idade; gestantes e puérperas; trabalhadores da saúde; pessoas com deficiência permanente; população privada de liberdade (a partir de 18 anos); adolescentes cumprindo medidas socioeducativas (menores de 18 anos); e funcionários do sistema de privação de liberdade.
“Os municípios podem avançar às fases subsequentes conforme a disponibilidade de vacina. Não é necessário esperar atingir a cobertura vacinal da fase 1. O objetivo é contemplar as pessoas das demais fases e evitar possíveis desperdícios de doses abertas”, reforça Josianne Dias Gusmão, coordenadora estadual do Programa de Imunizações.
Doses distribuídas
Desde o início da campanha de imunização com vacinas bivalentes, em 27 de fevereiro, a SES-MG já repassou para os municípios mineiros o total de 2.180.094 doses do imunizante. Segundo dados do Ministério da Saúde, até o dia 15/3 haviam sido aplicadas 220.353 doses da vacina bivalente em Minas Gerais.
A Secretaria conta com estrutura e capacidade para distribuir as doses aos municípios tão logo novas remessas sejam entregues pelo Ministério da Saúde. As doses são disponibilizadas em remessas que viabilizem o armazenamento dos imunizantes de forma segura e dentro dos critérios estabelecidos. A esfera municipal realiza a coordenação e a execução das ações de vacinação, sendo responsável pela operacionalização da vacinação nos seus territórios. (fonte Agência Minas)
Reforço contra a covid-19
Um estudo feito por pesquisadores brasileiros e portugueses indica a necessidade da dose de reforço contra a covid-19 para pessoas com menos de 40 anos. A pesquisa da Universidade Estadual Paulista analisou a resposta das células de defesa de indivíduos com o coronavírus entre 30 e 180 dias após a infecção.
Foi possível perceber que, após a infecção, o sistema imunológico dos pacientes teoricamente saudáveis e com idade de até de 40 anos se assemelha a células de pessoas com obesidade, diabetes e idosas.
O professor Fabio Santos de Lira, coordenador do projeto nomeado de FIT-Covid, conta que a vacina pode ajudar na recuperação dessas células.
“A vacinação, o reforço, é muito importante a gente frisar que o que sabemos é: após o esquema vacinal completo o sistema nervoso autonômico se restabeleceu. Então toda estratégia que visa amenizar os impactos desse vírus é muito bem vista, então é de suma importância mais atenção e se for algo viável, sim, essas pessoas, elas devem tomar doses de reforço como os idosos.”
É o sistema nervoso simpático o responsável por controlar a pressão arterial, frequência cardíaca e outras funções do corpo que não são conscientes. O pesquisador Fábio Santos explica por que o comprometimento desse sistema após a infecção por covid-19 é preocupante.
“Esse descontrole do sistema nervoso autônomo, pode sim levar a quadros de comprometimento ali do sistema cardiovascular, ter uma arritmia, ter uma hipertensão arterial, ter algumas complicações por conta da infecção inicial pela covid.”
O estudo com o monitoramento dos pacientes está em andamento e agora pretende descobrir se a normalização do sistema nervoso, após a vacinação dos pacientes, irá se manter ou regredir. (fonte Radioagência Nacional)