O sol é um grande amigo da vida na Terra, seja auxiliando a ativação da vitamina D, nos humanos, ou a fotossítese realizada pelas plantas, entre outros benefícios. Apesar disso, a forte luz que a estrela irradia pode ser prejudicial aos olhos, levando inclusive à cegueira. O Poços Já conversou sobre o assunto com o médico oftalmologista Carlos Aterje.
Os danos aos olhos causados pelo sol têm diversas consequências, que variam de acordo com o tempo e a intensidade da exposição. Podem ser mais leves, como conjuntivite, e até graves, como a degeneração macular. Segundo Aterje, a catarata é o problema mais comum, que ocorre inclusive em trabalhadores rurais, devido à exposição prolongada ao sol.

A catarata é a opacidade no cristalino, a lente natural dos olhos. Os pacientes ficam com a visão nublada e, muitas vezes, o tratamento é cirúrgico. Porém, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo.
A exposição ao sol ainda pode provocar o surgimento de pterígio, conhecido como “carne no olho”. Trata-se de uma lesão na conjuntiva, que começa na lateral e cresce em direção à pupila. O tratamento é cirúrgico. “Pessoas do meio rural ou que vivem em locais mais ensolarados têm incidência maior de pterígio”, explica o oftalmologista.
De acordo com Aterje, a prevenção dos problemas causados pela radiação ultravioleta emitida pelo sol ocorre de duas maneiras: evitando a exposição e utilizando óculos escuros. “Evite ficar muito tempo exposto ao sol, no horário das 10h às 16h, principalmente, além de olhar direto para o por do sol ou sol nascente, porque isso pode causar lesão na mácula. O uso de óculos solar também é essencial, mas lembre-se de comprar em uma ótica para garantir o filtro ultravioleta”, diz o médico.







