
O ex-vice-prefeito de Itajubá Nilo César do Vale Baracho, e mais seis pessoas foram condenados a prisão por um esquema de desvio de verbas públicas da Secretaria Municipal de Saúde. Juntas, as penas somam 536 anos e um mês de prisão em regime fechado.
A 1ª Vara Criminal da cidade proferiu a sentenção terça-feira (14). Todos os condenados poderão recorrer da decisão em liberdade enquanto tramitam os recursos. O grupo foi considerado culpado por crimes de organização criminosa, fraude em contrato público e corrupção. A estimativa de prejuízo aos cofres públicos é de R$ 991,5 mil.
O esquema
Segundo a investigação, o desvio ocorria por meio de um contrato com a empresa Piazzaroli Oficina Mecânica. Servidores públicos direcionavam serviços para a empresa e atestavam falsas execuções.
Em troca, recebiam propina dos empresários Renato Piazzaroli e Luiz Gustavo Bartelega. O ex-vice-prefeito Nilo Baracho e o ex-diretor de transportes Paulo José da Silva eram os principais alvos dos pagamentos. Parte do dinheiro tinha repasse por meio de familiares de Paulo José, conforme detalhou a sentença.
As penas
As condenações individuais variam de 21 a 156 anos de prisão. A maior pena foi para o empresário Renato Piazzaroli. O ex-vice-prefeito Nilo Baracho recebeu sentença de 48 anos e 7 meses. A decisão também determinou o ressarcimento integral dos valores desviados.
Além disso, o grupo terá que pagar R$ 500 mil por danos morais coletivos. O valor terá destinação para o Fundo Municipal de Saúde.
Recursos
A defesa de quatro dos condenados, Rodrigo Fernando da Silva, Paulo José da Silva, Fernanda Priscila da Silva e Alan Roberto Nogueira, informou que não comentaria o mérito da sentença por conta de o processo estar em segredo de justiça. No entanto, criticou a proporção das penas. “Algumas acima de 15 décadas, beiram o absurdo”. E afirmou que já recorreu da sentença.
Quem também anunciou que recorrerá da sentença foi a defesa de Renato Piazzaroli, que espera reverter a condenação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). As defesas dos demais réus ainda não se manifestaram.
(Fonte: https://redemoinho24.com/)







