O segundo tema da série de reportagens com os candidatos a deputado estadual e federal com domicílio eleitoral em Poços de Caldas é saúde. A Constituição Federal, no artigo 196, diz que “Saúde é direito de todos. É dever do estado garantir a saúde por meio de políticas sociais e econômicas. O objetivo é reduzir o risco de doença com acesso universal e igualitário às ações de proteção e recuperação”.
Considerando que os deputados têm como funções primordiais legislar, propor, discutir e aprovar leis, além de fiscalizar ações do Executivo, conheça os posicionamentos dos candidatos sobre o assunto.
Deputado Estadual
Ulisses Guimarães (PTB)
Os Municípios, os Estados e a União, juntos, investiram em saúde no ano de 2016, R$ 1.538,79 por habitante via SUS, segundo a OMS. Este valor representa 6,86% do orçamento público brasileiro, enquanto a média mundial fica na casa de 11,7%. Os governos precisam aumentar o orçamento da saúde para que a população tenha o atendimento à altura da quantidade de impostos que já paga. Além disso, se gasta sem planejamento, sem controles e sem considerar as peculiaridades de cada região. Conter os desperdícios, o gasto ineficiente, atualizar a tabela do SUS, investir em tecnologias e reequilibrar a relação de investimentos é um desafio. Atuaremos nesse sentido na Assembleia.
Fábio Rocha (PcdoB)
Maior destinação de recursos para a saúde preventiva e para as especialidades médicas. Melhor estruturação no atendimento à saúde mental no SUS – com acesso ampliado às psicoterapias. Ampliação da destinação de recursos para os CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), implantação do CAPSi (referente ao atendimento de crianças e adolescentes) e o CAPS III (referente ao atendimento ambulatorial 24hs). Informatização dos serviços de identificação e distribuição de medicamentos – diminuindo as filas.
Regina Cioffi (PHS)
Investir em medicina preventiva é importante, mas é urgente a população ser atendida com dignidade, através de políticas para diminuição das longas e sofridas “esperas” para cirurgias, exames, leitos para internações e tantas outras demandas. Cumprir com a constituição: saúde é um direito de todos e um dever do estado. É inadmissível o estado investir um valor irrisório em saúde, não chegando a 2% de um PIB de mais de 550 bilhões, devendo para os municípios 5,5 bilhões (repasse legal), além do grave problema do financiamento, associa-se a gestão incompetente. Ressalto o meu irrestrito apoio às santas casas, para as quais, pasmem, o governo deve mais de 1 bilhão de serviços já prestados.
Rose Meire Donizetti (PDT)
Atualmente a prioridade para saúde é zero. Assunto de maior importância para a sociedade. Descasos e falta de atendimento NÃO serão aceitos. Além da qualidade essencial no atendimento com os cidadãos.
Deputado Federal
Maria Cecília Opípari (PT)
Um dos setores mais carentes de investimento no nosso país, apesar de ser o mais importante. Em 2018 apenas 3,6% do orçamento do governo federal foi destinado à saúde. O setor está subfinanciado e a população desassistida. A falta de médicos e a longa espera por atendimento, além de ser muito prejudicial à população, acarretam maior dispêndio de recursos do poder público. Os problemas certamente irão se agravar em decorrência da aprovação da PEC do Teto dos Gastos Públicos. Então vamos trabalhar ativamente para que os repasses, advindos do governo Federal, cheguem às Prefeituras, aos postos de saúde e aos hospitais.
Carlos Mosconi (PSDB)
O sistema brasileiro de saúde pública está entre os maiores do mundo. Tenho como bandeira propor melhorias e adequações do sistema com a realidade atual. A humanização será a linha mestra de todas as propostas. A dificuldade na regionalização do atendimento é hoje um dos entraves do SUS e precisa ser aprimorada. A ênfase na prevenção deve ser mais trabalhada e é necessário que haja mais incentivos à carreira médica voltada para a Atenção Básica que é a porta de entrada do sistema público de saúde.
Gabriel Vilas Boas (PDT)
Se não for a principal, e umas das prioridades de qualquer cidadão, a qualidade do atendimento deve ser perseguida com afinco. A informatização do sistema de saúde é fundamental para que os tratamentos sejam acompanhados durante e após o atendimento.