A mineradora australiana Viridis Mining & Minerals anunciou nesta terça-feira (18) que seu Projeto Colossus, localizado em Poços de Caldas (MG), recebeu carta de interesse de financiamento do Export Development Canada. Esta agência é oficial do governo canadense. O valor do financiamento seria de US$ 100 milhões (cerca de R$ 553 milhões).
De acordo com nota da mineradora, o valor integrará o pacote de dívida para a execução do projeto de terras raras. Vale lembrar que o investimento total está estimado em US$ 286 milhões, podendo chegar a US$ 356 milhões com contingências. A iniciativa já havia sido considerada elegível para financiamento pela agência francesa Bpifrance, além de contar com apoio do BNDES/Finep no Brasil.
Conforme o diretor-geral da Viridis Rafael Moreno, o apoio do Canadá representa “um dos pilares financeiros internacionais” da estratégia de financiamento da empresa. Este anúncio ressalta ainda o papel do projeto na diversificação das cadeias de suprimento de terras raras no Ocidente. Isso reduz a dependência da China. Atualmente, a China domina mais de 80% do processamento global desses minerais estratégicos.
A carta de interesse é válida até 17 de novembro de 2026, mas está condicionada à conclusão da due diligence. As aprovações internas da EDC também são necessárias. A Viridis planeja tomar a decisão final de investimento no terceiro trimestre de 2026.
O Projeto Colossus deverá abranger uma unidade de pesquisa e processamento em Poços de Caldas, com previsão de operação a partir do segundo trimestre de 2026. A mineradora destaca que o centro não utilizará tecnologia ou equipamentos chineses, buscando consolidar uma cadeia de suprimentos totalmente ocidental.
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Projeto Colossus
O Projeto Colossus é uma iniciativa de mineração de grande escala desenvolvido pela empresa Viridis Mining and Minerals em Poços de Caldas. É considerado um dos maiores depósitos de terras raras do mundo. O projeto se destaca por explorar um tipo de minério único: um depósito de argila iônica. Isso permite extração a céu aberto com custos reduzidos. Esse método tem menor impacto ambiental comparado a métodos tradicionais.
Por fim, seu foco principal são as terras raras magnéticas e pesadas, elementos essenciais para a fabricação de ímãs permanentes usados em carros elétricos, turbinas eólicas e dispositivos tecnológicos. Com potencial para diversificar o mercado global – hoje dominado pela China – o Colossus posiciona o Brasil como um ator estratégico na transição energética global.







