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Mulheres no sul de Minas se destacam na cafeicultura

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Mulheres no sul de Minas se destacam na cafeicultura
Foto Lucélia de Carvalho (Emater-Divulgação)

Pioneirismo, desafios, sucessão familiar e premiações marcam a trajetória da produtora Maria José Vilela Rezende Bernardes. O conhecimento sobre os cuidados com a lavoura ela aprendeu com o pai. Quando o acompanhava ainda pequena, na Fazenda dos Tachos, no município de Varginha.

Protagonismo

Com a morte do patriarca, e posteriormente do irmão, ela tomou a frente da lavoura, sendo a primeira mulher no município a exercer a cafeicultura. “Há 33 anos tinha só eu de mulher nas reuniões de associação, nos eventos da área. Aos poucos fui conquistando espaço e reconhecimento. Aprimorei o cultivo por meio de cursos, palestras, Dias de Campo e hoje nosso café é certificado pelo Certifica Minas e já ganhou vários concursos estaduais e regionais”, conta.

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O marido, o filho e três funcionários auxiliam a produtora a cuidar dos 50 hectares de lavoura. A comercialização do café torrado e do especial é realizada para cooperativas e parceiros. A família ainda investe no turismo rural, recebendo visitantes para um café da manhã.

Cafés especiais

Lucélia de Carvalho Araújo aprendeu a cultivar café com o marido Klayton Paiva de Araújo. Ele deu continuidade na plantação que o pai havia feito, no Sítio Santa Cruz, em Campos Gerais. A produção era pequena, mas a oportunidade de ampliar surgiu em meio a adversidades financeiras e desafios na gestão da lavoura.

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“Meu cunhado sugeriu que investíssemos em cafés especiais. Mesmo com a resistência inicial, mergulhei na pesquisa e na aprendizagem sobre o assunto. Quando nosso primeiro lote foi avaliado com excelentes pontuações, percebemos o potencial e decidimos investir na criação da nossa própria marca”, conta a cafeicultora. Para Lucélia, conciliar as atividades profissionais com as demandas da vida doméstica e familiar são um dos maiores desafios para as mulheres que trabalham na agricultura.

Emater

Atualmente, a Emater-MG, em parceria com diversas instituições, tem realizado trabalhos para garantir assistência técnica e extensão rural, capacitações, encontros e concursos específicos para as produtoras da região.

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Segundo a coordenadora técnica regional da Emater-MG Adalise Dayane Vieira da Silveira, a cafeicultura desempenha um papel importante na economia do sul de Minas e a presença feminina vem se destacando. “A história das duas produtoras é um recorte de tantas outras da região”, conta.

Ela destaca ainda que a presença das mulheres é fundamental para a melhoria dos grãos, o bem-estar nas comunidades rurais, a gestão familiar e a transmissão do conhecimento entre as gerações.

Desigualdade de gênero, sobrecarga de trabalho, baixa representatividade em associações e cooperativas são algumas das limitações que Adalise cita para que o protagonismo das mulheres tanto na cafeicultura quanto no setor rural se concretize.

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