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Mostra homenageia Laudelina de Campos Melo e as trabalhadoras domésticas

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Mostra homenageia Laudelina de Campos Melo e as trabalhadoras domésticas

Entre os dias 17 e 27 de julho, a artista visual Bjuá Masofie (nome artístico de Julyane Machado) apresenta a exposição “Retratos Invisíveis – Memórias do Silêncio” na Biblioteca Municipal Centenário, no Espaço Cultural da Urca. A mostra faz parte da programação do Festival de Inverno de Poços de Caldas. E propõe uma experiência sensorial, afetiva e crítica sobre raça, gênero e trabalho doméstico.

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A abertura acontece nesta quinta-feira (17), das 18h às 21h, e será um ritual de escuta e presença. Sem mediação tradicional, o público será convidado a percorrer o espaço com todos os sentidos. E, se desejar, deixar suas palavras e marcas em panos com giz disponíveis no local.

A exposição é uma homenagem às mulheres negras que atuaram como empregadas domésticas, muitas vezes invisibilizadas socialmente. E surgiu a partir da pesquisa sobre Laudelina de Campos Melo, nascida em Poços e pioneira na luta pelos direitos da categoria no Brasil.

“A exposição não nasceu só da pesquisa, nasceu da vida. Da vida que vi minha avó levar com dignidade. Mesmo quando o mundo a quis invisível. Foi nela que encontrei a semente. Foi em Laudelina que reconheci a luta. E é por todas as mulheres que sustentam o cotidiano deste país, em silêncio e com força, que escolhi pintar. Porque memória também é política”, afirma Bjuá.

Arte que transforma o cotidiano

A exposição está dividida em núcleos temáticos e propõe uma travessia simbólica entre o mar, a casa e o gesto. Começa no Atlântico, território da diáspora e do silêncio forçado. E chega à casa, onde o pano de chão vira suporte artístico e o ato de limpar transforma-se em expressão. As figuras femininas aparecem em ação, lavando, servindo, cuidando. Mas sem rosto visível, como crítica à invisibilidade histórica das trabalhadoras domésticas no Brasil.

As obras foram produzidas com giz oleoso sobre algodão cru, exigindo esforço físico da artista. Como forma de ecoar a dureza do trabalho que representa. A ausência de rostos é uma escolha estética e política, reforçando o apagamento social dessas mulheres.

Mais do que arte, um chamado à memória

A exposição é também um convite à reflexão sobre a importância histórica, afetiva e cultural das mulheres que sustentaram o cotidiano brasileiro. Muitas vezes sem reconhecimento formal. Unindo arte, denúncia e afeto, Bjuá Masofie cria um espaço de escuta, devolução e sensibilidade.

A mostra tem entrada gratuita e conta com apoio da Carvalho Agência Cultural. Realização da Secretaria Municipal de Cultura.

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Serviço

Exposição “Retratos Invisíveis – Memórias do Silêncio”
Abertura dia 17 de julho, das 18h às 21h
Visitação: de 18 a 27 de julho, das 8h às 17h30
Biblioteca Municipal Centenário
Entrada gratuita
Instagram: @bjua.masofie

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