A Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou, na manhã de quarta-feira (23), a Operação Via Pecuniam. Mais de 300 policiais em múltiplas frentes participaram dos trabalhos nas cidades mineiras e no Paraná, com o objetivo de desarticular uma das maiores organizações criminosas do estado.
De acordo com a polícia, a operação resulta de dois anos de investigações concentradas inicialmente em Araxá (MG). Durante esse período, os investigadores comprovaram que a organização atuava no tráfico de drogas, na lavagem de dinheiro e na prática de homicídios.
Mandados
No total, as autoridades expediram 197 mandados judiciais de prisão, busca e apreensão e bloqueio de contas bancárias. Até o momento, os policiais já efetivaram 29 prisões e apreenderam 25 veículos, incluindo carros de luxo. Além de duas armas de fogo, joias, dinheiro em espécie, centenas de celulares, documentos e máquinas utilizadas para embalar drogas.
Conforme a polícia, o cumprimento dos mandados se deu nas cidades de Araxá, Uberaba, Tapira, Frutal, Ibirité, Montes Claros, Uberlândia, Ituiutaba e Canápolis – e também em Foz do Iguaçu, no Paraná.
Grupo movimentou R$ 80 milhões em esquema de lavagem
De acordo com o delegado Vinícius Ramalho, a organização criminosa operava uma complexa rede de lavagem de dinheiro. O grupo utilizava testas de ferro, empresas de fachada e fintechs para movimentar os valores obtidos com o tráfico.
“Identificamos transações que alcançam um montante de R$ 80 milhões. Isso no período de dois anos, com atuação que se estendia desde a tríplice fronteira até diversas regiões de Minas e do país”, destacou o delegado.
Por fim, Ramalho revelou ainda que a operação resultou na prisão do que é considerado atualmente o maior traficante de cocaína de Minas Gerais.
