Uma mãe de 24 anos e seu companheiro, de 39 anos, estão presos pela morte do filho dela, um menino de 9 anos, em Belo Horizonte (MG). A mulher confessou à polícia que agrediu a criança com chineladas e tapas no abdômen e nas costas. Ela admitiu que “passou do ponto” e também confirmou que estava sob efeito de cocaína no momento da violência.
O caso aconteceu dia 23 de agosto, quando o menino deu entrada no Hospital Júlia Kubitschek. Inicialmente, o casal alegou que a criança havia caído na escola e machucado a perna. Entretanto, os médicos identificaram ferimentos no abdômen, no nariz e lesões internas incompatíveis com essa versão. A vítima não resistiu e morreu após ser internada às pressas.
As investigações desmontaram a farsa criada pelo casal. O padrasto afirmou que estava em casa quando a criança voltou da UPA, mas não viu nenhuma agressão. Por outro lado, a mãe sustentou que ele havia saído de casa nesse período.
Essa contradição nas versões evidenciou uma tentativa clara de manipular os fatos e atrapalhar as apurações. Além disso, denúncias anônimas e relatos de vizinhos confirmaram um histórico de violência. Testemunhas relataram ter ouvido gritos de socorro da criança na noite anterior à sua morte e afirmaram que o casal, usuário de drogas, agredia frequentemente o menino.
Justiça decreta prisão temporária do casal
A Justiça entendeu que ambos atuaram no crime, seja como autores diretos, cúmplhes ou por omissão consciente diante da violência. Consequentemente, decretou a prisão temporária do casal por 30 dias.
A decisão considerou ainda o risco de fuga da mãe, que tem antecedentes por tráfico de drogas e morou em várias cidades da região metropolitana. O Conselho Tutelar já interveio e determinou o acolhimento institucional dos outros dois filhos do casal.
As investigações continuam, com a oitiva de novas testemunhas e a conclusão de exames periciais. A prisão do casal pode ser prorrogada.