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Operação contra facção criminosa cumpre 132 mandados em Minas e bloqueia cerca de R$ 18 bilhões

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Operação contra facção criminosa cumpre 132 mandados em Minas e bloqueia cerca de R$ 18 bilhões
Foto Gabriel Vargas-Digital MG

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagraram, nessa quarta-feira (24), a Operação Custos Fidelis. O objetivo da ação, que também contou com o apoio da Polícia Civil e o Gaeco do Amazonas, é combater a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas sob comando da organização criminosa Família Teófilo Otoni (FTO), afiliada ao Comando Vermelho (CV).

Resultados

A operação resultou em 83 ordens de bloqueios, no valor de R$ 223,5 milhões em contas bancárias e criptoativos, totalizando mais de R$ 18 bilhões. Além de 48 mandados de prisão e 84 mandados de busca e apreensão nos estados de Minas Gerais, Amazonas, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Houve apreensão de 8 veículos. E um imóvel de alto padrão na praia do Patacho, em Alagoas, valendo R$ 3,9 milhões, foi tornado indisponível. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Teófilo Otoni.

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“Hoje nós temos a etapa mais importante dessa operação até aqui, mirando o núcleo financeiro da organização criminosa, o que é uma prioridade para o Governo de Minas”, disse o vice-governador Mateus Simões durante entrevista coletiva que detalhou a operação. “Nós não permitiremos que o Comando Vermelho ou nenhuma outra facção criminosa se instale dentro do estado de Minas Gerais sem reação da polícia. Em Minas Gerais, o monopólio da força e o controle da violência é do Estado. E o Estado vai agir com força quando necessário para garantir que se mantenha e prevaleça a ordem”, acrescentou Simões.

Estrutura empresarial do crime

As investigações revelaram que a FTO opera com núcleos estruturados de logística, finanças e ataques armados. Entre as táticas utilizadas, destaca-se o uso de fuzis e uniformes policiais em execuções de rivais. Aumentando a letalidade dos ataques e gerando intimidação à população. Ainda segundo as investigações, em menos de um mês, a organização adquiriu R$ 8,4 milhões em drogas com fornecedores do CV que operam diretamente do Amazonas. A lavagem de dinheiro tinha sustento de empresas de fachada nos setores de gás liquefeito, internet, câmbio e, principalmente, comércio atacadista de pescados.

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As investigações apontam que cada uma dessas empresas movimentava valores da ordem de R$ 25 milhões por ano. Recebendo depósitos pulverizados de todo o país, inclusive de Teófilo Otoni e Belo Horizonte, zonas de atuação da FTO.

Relatórios de inteligência financeira identificaram depósitos fragmentados que somaram R$ 2,3 milhões em uma única semana. Prática conhecida como smurfing, usada para dificultar a detecção de movimentações suspeitas.

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