
A Meteoric, empresa que visa à produção de terras raras, recebeu aprovação do Conselho Gestor da APA da Pedra Branca (Congeapa) para o desenvolvimento do Projeto Caldeira, em Caldas (MG).
A anuência, votada na última reunião ordinária do órgão, permitirá que a Meteoric instale e opere o Projeto Caldeira na zona de amortecimento, fora dos limites da APA da Pedra Branca.
Impacto ambiental
A empresa apresentou ao Congeapa estudos e consultas socioambientais abrangentes para obter a autorização do Conselho, incluindo o Estudo de Impacto Ambiental (EIA). De acordo com a empresa, o documento considera a flora, a fauna, a qualidade do ar e das águas. Além de estudos etnográficos relevantes e diálogo contínuo com moradores, autoridades e as diversas comunidades vizinhas ao empreendimento.
No EIA, a mineradora assume o compromisso de atender a todas as legislações ambientais aplicadas às atividades na execução da implantação, operação, fechamento e pós-fechamento do Projeto Caldeira.
Segundo a Meteoric, este compromisso será garantido por meio do desenvolvimento de programas sociais e ambientais. E também a execução dos planos de monitoramento e acompanhamento, como da qualidade da água e do ar, da fauna e da flora, de ruídos, de poeira. Além da fiscalização pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e órgãos municipais ao longo da vida do projeto.
“Gostaria de agradecer à comunidade de Caldas pelo apoio contínuo ao Projeto Caldeira. É importante garantir que todos os projetos sigam os processos e mecanismos designados para obter as aprovações ambientais necessárias”, afirmou o diretor executivo da Meteoric Stuart Gale.
Outros licenciamentos
A autorização dada pelo Congeapa é a última etapa municipal no processo de licenciamento ambiental. A Meteoric agora aguarda a análise final dos documentos enviados para a Feam para a emissão da licença prévia.
O cronograma de desenvolvimento do Projeto Caldeira permanece dentro do previsto e a Meteoric continua a avançar em outros processos de aprovação junto à Agência Nacional de Mineração (ANM). Além de avançar nas atividades que apoiam o Estudo de Viabilidade do Projeto.
“Sendo um dos depósitos de terras raras em argila iônica de maior qualidade do mundo, o Projeto Caldeira desempenhará um papel crucial no desenvolvimento de cadeias de suprimento alternativas de terras raras. Estamos muito satisfeitos com o contínuo e forte apoio em todos os níveis do Governo brasileiro. E esperamos entregar nosso projeto o mais rápido possível ao município de Caldas”, finalizou Gale.
Projeto Caldeira
O Projeto Caldeira visa extrair terras raras em Caldas, no sul de Minas Gerais. O objetivo é produzir concentrado de terras raras para atender às necessidades de produtos que têm utilização na transição energética e tecnologias modernas.
Esses materiais têm utilização na fabricação de diversos produtos. Como telas de celulares, computadores e notebooks, equipamentos médicos e odontológicos, ímãs especiais, motores de carros elétricos e de geradores de energia eólica. As atividades do projeto acontecerão na zona rural de Caldas, concentradas em áreas afastadas dos moradores.
Ainda segundo a empresa, esta iniciativa tem como objetivo extrair minerais essenciais de forma sustentável, por meio de práticas que minimizem o impacto ambiental. E também promovam a conservação dos recursos naturais e garantam a responsabilidade social.