O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) esclareceu em nota sua atuação diante da apreensão da jandaia, conhecida por Nino, integrante do grupo de Araras Viajantes de Poços de Caldas. O órgão explicou que o animal estava sendo submetido a estresse durante as filmagens e usava uma gaiola incompatível com seu tamanho.
O Instituto explicou a reportagem do Poços Já que agentes apreenderam a jandaia-verdadeira na segunda-feira (24) no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão (RJ). A ave silvestre participava da gravação de um filme quando os fiscais intervieram. A espécie, protegida por convenção internacional, possui restrições específicas de manejo.
Durante a fiscalização, agentes do Ibama constataram que “durante a gravação, a ave silvestre estava sendo manipulada por atores, apresentando sinais evidentes de estresse, como vocalizações fortes e agitação dentro de uma gaiola inadequada ao seu porte”, esclarece a nota.
Multa aplicada e infração
Os fiscais conduziram o tutor do animal e uma representante da empresa fornecedora para uma análise documental. No local, o próprio tutor reconheceu que a ave estava agitada e poderia bicar, confirmando a falta de condições adequadas para o manejo.
A investigação apurou que o animal tinha origem legal. No entanto, o uso em filmagens desrespeitava a categoria da licença do criador. Consequentemente, o Ibama aplicou uma multa de R$ 5 mil por descumprir a Resolução Conama 489/18. Como o tutor obtinha vantagem financeira com a exploração da imagem da jandaia, o valor da multa dobrou, totalizando R$ 10 mil.
Além disso, os agentes lavraram um auto de infração com base no Artigo 29, por submeter o animal a maus-tratos e estresse.
Destino da ave
Após a apreensão, a jandaia-verdadeira seguiu para um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama. Lá, a equipe de profissionais vai cuidar do animal.
Enquanto isso, o professor e tutor Straus Michalsky está usando as redes sociais para conseguir reaver a ave. Relembre clicando aqui.
