
Cinco empregadores de quatro municípios do sul de Minas tiveram inclusão na nova atualização da chamada “lista suja” do trabalho análogo à escravidão, divulgada nesta segunda-feira (6) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A lista, publicada semestralmente, reúne pessoas físicas e jurídicas responsabilizadas por manter trabalhadores em condições degradantes. Nesta edição, foram 159 novas inclusões – 101 pessoas físicas e 58 jurídicas. O que representa um aumento de 20% em relação à última atualização.
Os novos empregadores sul-mineiros estão em São Sebastião do Paraíso, Delfinópolis, Cristais e Ibiraci (este com duas ocorrências).
No total, Minas Gerais lidera o ranking nacional, com 151 empregadores na lista, sendo 38 em 28 municípios do sul de Minas, onde já houve resgate de 372 trabalhadores.
Combate ao trabalho escravo
A “lista suja” foi criada em 2003 e é um dos principais instrumentos de combate ao trabalho escravo no país. Quando há identificação de irregularidades, o empregador tem direito à defesa administrativa. Somente após o fim do processo e a comprovação das infrações, o nome tem inclusão na relação.
Segundo a Auditoria Fiscal do Trabalho, os casos registrados nesta atualização ocorreram entre 2020 e 2025, com 1.530 trabalhadores resgatados em todo o Brasil.
Os estados com mais inclusões são Minas Gerais (33), São Paulo (19), Mato Grosso do Sul (13) e Bahia (12). Entre as atividades econômicas mais recorrentes estão a criação de bovinos para corte (20 casos), serviços domésticos (15), cultivo de café (9) e construção civil (8). Do total, 16% dos casos estão ligados a atividades urbanas.
Municípios do sul de Minas com empregadores na “lista suja”
Aiuruoca, Alfenas (2 casos), Alpinópolis, Araxá (2), Boa Esperança (3), Bueno Brandão, Cabo Verde, Campanha, Campestre (3), Campo do Meio, Carmo do Rio Claro, Conceição das Pedras, Cristais, Delfinópolis (2), Espírito Santo do Dourado, Estiva, Ibiraci (2), Ilicínea (2), Ingaí, Itamogi, Juruaia, Muzambinho, Nova Resende, Poço Fundo, Santa Rita do Sapucaí, São Pedro da União (2), São Sebastião do Paraíso e Varginha.
(Fonte: Agência Brasil e Ministério do Trabalho e Emprego)