A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) encerrou as investigações de um roubo ocorrido em uma casa lotérica na cidade de Poço Fundo, sul de Minas, ainda em 2011. Agora, 13 anos depois, os peritos conseguiram identificar e indiciar um homem de 36 anos como suspeito do crime, graças à análise de material genético (DNA) coletado no local.
Na ocasião do assalto, o investigado, que então tinha 22 anos, usou uma arma de fogo para ameaçar os funcionários e empregou uma marreta para quebrar o vidro de proteção que isolava a área restrita do estabelecimento. De dentro, ele roubou uma quantia em dinheiro.
No entanto, o homem se feriu ao atravessar os estilhaços de vidro e acabou deixando vestígios de sangue no local. A perícia recolheu e armazenou as amostras.
O caso permaneceu anos sem solução. Mas, recentemente, os peritos constataram que o perfil genético do suspeito já constava no Banco de Dados Genéticos. Então, a polícia solicitou um exame de confrontação, que confirmou a compatibilidade entre o DNA coletado em 2011 e o material do investigado.
Para o delegado Éder Neves, responsável pelo inquérito, a solução do caso é um exemplo claro da importância da perícia moderna. “Esse inquérito demonstra como o correto isolamento e a coleta de vestígios biológicos, aliados ao avanço tecnológico, são fundamentais para o êxito das investigações criminais”, afirmou.
Além do delegado, as investigações contaram com a atuação dos investigadores Nagib Abdelmur e Rafael Werneck, do perito André Novaes, do Posto de Perícia Integrada em Alfenas, e de especialistas da Seção Técnica de Biologia e Bacteriologia Legal em Belo Horizonte.
O suspeito foi indiciado e responderá judicialmente pelo crime de roubo.