A motoentregadora Evelyn Ferri usou as redes sociais para relatar as agressões e ameaças sofridas por ela numa briga de trânsito no último domingo (21). A jovem também expôs a dificuldade em acionar as autoridades e receber apoio. Diante disso, houve reação por parte da população, que acabou indo até a casa do agressor.

Em um post nas redes sociais, a jovem explica que após ser vítima de violência procurou a Delegacia da Mulher em busca de proteção e justiça. “No entanto, em vez de acolhimento, encontrei descaso. Fui orientada a procurar outro órgão, como se a dor e a urgência da situação não fossem responsabilidade daquela instituição”, relata, pontuando ainda que se sentiu humilhada e desamparada. “É doloroso perceber que, além da agressão sofrida, ainda precisamos enfrentar a falta de acolhimento e a burocracia que nos enfraquece ainda mais”, acrescenta.
Além do texto, a motoentregadora postou um vídeo. Nele ela conta que ao realizar uma entrega se surpreendeu com um veículo Celta de cor prata, em alta velocidade, que quase a atropelou.
Houve reação por parte dela e do motorista, que buzinaram, tendo ambos seguido seu caminho. Mas, o que Evelyn não esperava é que o motorista a seguiria e a agrediria.
Populares que presenciaram a cena tentaram intervir, momento em que o homem fugiu, proferindo ameaças de morte contra a vítima. Ele teria afirmado ter informações sobre o local de trabalho dela, e que a mataria.
Ainda de acordo com a vítima, o agressor teria conseguido fugir porque nem ela, nem outras pessoas tiveram sucesso ao acionar a polícia.
Depois de cerca de uma hora a vítima deixou o local dos fatos, tendo procurado a PM no terminal de linhas urbanas, onde finalmente conseguiu registrar o caso.
Retaliação
Depois de não conseguir o apoio que esperava dos órgãos de segurança pública, Evelyn usou as redes sociais. Lá ela recebeu apoio e palavras de conforto. No entanto, a situação gerou revolta por diversas questões.
Com isso, um grupo com mais de 20 motociclistas acabou identificando o local onde o agressor mora, no bairro São José, e esteve lá. Não há informações se houve novas agressões no local ou presença policial.
A Polícia Civil se pronunciou sobre o caso. Leia neste link.