Os crimes que culminaram com a Operação Castelo de Cartas duraram dois anos e causaram prejuizo estimado de R$ 2 milhões, segundo o delegado Cleyson Rodrigo Brene. Hugo Ribeiro Rego, ex-diretor de Turismo de Poços de Caldas, e a filha dele de 26 anos foram presos.
De acordo com Brene, os trabalhos começaram a partir de denúncias da Procuradoria da prefeitura. A partir disso, as investigações identificaram o esquema de vendas/doações de terrenos no Distrito Industrial e os crimes de corrupção, estelionato e uso de documento falso.
“Identificamos que um servidor, que já tinha trabalhado na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação, estava atuando junto a empresários, vítimas dessa investigação, na doação desses lotes. Após a conversa, ele dizia que conforme previsão legal seria necessário o pagamento da contrapartida que variava entre R$ 100 mil e R$ 1,8 milhão”, explica.

Os valores do golpe eram transferidos via pix para contas em nome da filha do investigado e do próprio ex-funcionário, ou por meio de cheques. Para garantir que os empresários não desconfiassem do golpe, o investigado encaminhava atas de reunião de conselhos falsas, indicando que o procedimento estava em andamento, e com isso gerando novos pagamentos.
Até o momento o golpe ficou comprovado contra três empresas. Com ações de 2022 a 2024, quando o suspeito deixou o cargo de confiança de diretor de Turismo.
O investigado, preso preventivamente, está no presídio à disposição da justiça e a filha dele vai ficar em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira.
A polícia ainda investiga se mais pessoas participaram do esquema e não descarta a possibilidade de novas vítimas serem identificadas. Por enquanto, as buscas por provas continuam, além da análise de materiais apreendidos.