A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apura as circunstâncias da morte de uma menina indígena de 12 anos, vítima de complicações durante um parto de emergência no último domingo (13). A criança, grávida de oito meses, chegou ao Centro Materno-Infantil de Betim (MG) em estado gravíssimo e não resistiu após a intervenção médica. Enquanto isso, o recém-nascido permanece internado sob cuidados intensivos.
Inicialmente, os pais afirmaram não saber da gestação. Mais tarde, no entanto, admitiram conhecer o suposto pai da criança, mas disseram não ter contato com ele. Agora, a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Betim investiga um possível estupro de vulnerável, crime previsto para relações com menores de 14 anos.
A PCMG ainda não confirmou a identidade do suposto pai ou se ele será responsabilizado. Além disso, a polícia apura as circunstâncias do estupro.
Conforme relatos da família, a menina começou a apresentar convulsões dia 7, mas só recebeu atendimento médico três dias depois. Sexta-feira (11), seu estado piorou drasticamente após fortes dores de cabeça e recusa em se alimentar.
A garota e sua família integra um grupo de cerca de 25 famílias Warao, indígenas venezuelanos que vivem em uma ocupação em Betim desde setembro de 2023.