O Festival de Inverno trouxe para Poços de Caldas um show lindo e contagiante de um dos maiores sambistas da atualidade. Diogo Nogueira cantou para os corações que pularam ao som dos tantãs e para quem curtiu em Libras, a Língua Brasileira de Sinais. Para quem sambou no chão ou acompanhou no espaço reservado para pessoas com deficiência. Acessibilidade, cultura e arte. Segundo divulgação da prefeitura, o show reuniu mais de 10 mil pessoas no parque municipal.
Nem mesmo o frio foi capaz de atrapalhar a animação do público na noite de sexta-feira (21), que dançou e cantou ao som de grandes sucessos de Diogo Nogueira e clássicos do cancioneiro nacional, no novo show do cantor intitulado “MPB é Samba, Samba é MPB!”. “A expectativa era grande, eu não sabia como seria a recepção e foi incrível, foi lindo, o público veio e se divertiu. E a gente em cima do palco tenta retribuir todo esse carinho da mesma forma. Espero voltar a Poços de Caldas, fazer mais shows aqui e encher esse povo de alegria e de cultura”, destacou Diogo Nogueira em entrevista após a apresentação. “A energia de ontem em Poços de Caldas foi surreal! Obrigado!”, publicou o artista em suas redes sociais.
“Sempre digo que Poços vive um momento especial, como muitas realizações e melhorias em todos os setores e com isso podemos também trazer entretenimento, cultura e lazer para nossa população. O Festival de Inverno está mostrando isso e ontem foi mais um dia maravilhoso com o grande show de Diogo Nogueira. O sambista, que é um dos artistas de maior evidência da atualidade, abrilhantou o nosso evento com um show impecável, gratuito para toda população no Parque Municipal que também acompanhou a apresentação de artistas locais. Um espetáculo digno da nossa cidade, que está cada vez melhor!”, ressaltou o prefeito Sérgio Azevedo.
Sobre o repertório, o cantor disse, em entrevista à Assessoria de Imprensa da prefeitura. “Tem toda a minha formação. Eu nasci no samba e em casa eu ouvia muitas histórias de artistas. Meu pai era muito festeiro, os artistas eram amigos do meu pai e frequentavam a minha casa. Eu nasci do meio das rodas de samba, dos violões, do choro, ouvi muito vinil também através das minhas irmãs, outros sons como Cazuza, Jorge Ben Jor, Tim Maia, são as minhas referências de tudo aquilo que eu cresci ouvindo. Quando eu falo que MPB é samba e samba é MPB é porque a célula samba está em todos os lugares, principalmente na música brasileira que é considerada MPB, mas o samba não é meio que considerado MPB. Então essa é uma brincadeira que eu fiz pra poder dizer que, na verdade, o samba é música popular brasileira”.
Estrutura e acessibilidade
O Parque Municipal Antônio Molinari abrigou uma grande estrutura para receber não só o show de Diogo Nogueira, mas também as atrações locais, com dois palcos e Praça de Alimentação das instituições da cidade e cervejarias artesanais.
Entretanto, um problema de ordem técnica na instalação de som e luz do palco ocasionou um atraso no início do show do sambista, programado para começar às 20h. O problema foi sanado com o pronto apoio da equipe do DME, que possibilitou a realização da apresentação com toda a segurança necessária. O atraso, porém, contribuiu para que as pessoas que aguardavam pela revista em uma grande fila que se formou na parte externa também pudessem acompanhar a apresentação.
Para o show de Diogo Nogueira, a Secretaria Municipal de Cultura preparou uma área reservada para as pessoas com deficiência, em frente ao palco, facilitando o acesso e garantindo a fruição de bens culturais a todos, indistintamente. A área também recebeu gestantes, pessoas no espectro autista e idosos com mobilidade reduzida, com destaque para as fãs da terceira idade, que puderam curtir o show sentadas confortavelmente.
Além do espaço reservado, o show contou também com intérprete de Libras. Um casal de surdos que veio do Rio de Janeiro para passear na cidade viu que o show seria inclusivo e esteve na área para pessoas com deficiência, de onde acompanhou toda a apresentação.
Outra área em frente ao palco foi reservada para os servidores municipais das diversas Secretarias, departamentos municipais, órgãos parceiros e forças de segurança, que são fundamentais para que o Festival de Inverno possa se concretizar na cidade, com mais de 150 atrações em 16 dias de evento, na região central e nos bairros. Para que uma iniciativa desta magnitude possa ser realizada, são muitas áreas envolvidas, desde as questões administrativas, financeiras, jurídicas e de comunicação até a infraestrutura e segurança para cada um dos atrativos. No caso específico do show da última sexta-feira, o local passou, inclusive, por varredura com cães farejadores. “Por isso, a Secult convidou servidores e parceiros que trabalharam no evento para que pudessem também desfrutar deste momento. Por exemplo, sem o trabalho dos colegas servidores do Departamento de Suprimentos, nenhum contrato seria possível”, informa o secretário municipal de Cultura Gustavo Dutra.
“Sem dúvida, foi uma noite memorável e muito nos honra e nos orgulha integrar a equipe da Secretaria Municipal de Cultura durante este Festival de Inverno. Para o show do Diogo Nogueira, toda a estrutura, que inclui projeto de segurança, brigadistas, ambulâncias, sanitários, montagem, entre outros itens, foi pensada para um público de dez mil pessoas e nossa estimativa é de que foi correspondente ao nosso planejamento. Também pudemos avançar na questão da acessibilidade, com área para pessoas com deficiência e intérprete de Libras”, avalia Dutra.
