Mulheres poços-caldenses vão estar na “Marcha das Margaridas”

A 7ª Marcha das Margaridas, que vai acontecer dias 15 e 16 de agosto, em Brasília, tem como tema nesta edição: “Pela Reconstrução do Brasil...
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Mulheres poços-caldenses na Marcha das Margaridas (divulgação)

A 7ª Marcha das Margaridas, que vai acontecer dias 15 e 16 de agosto, em Brasília, tem como tema nesta edição: “Pela Reconstrução do Brasil e Pelo Bem Viver”.

Edna Leite, do Coletivo Mulheres pela Democracia, de Poços de Caldas, é quem organiza a Marcha na cidade e diz que as inscrições estão abertas. “Até o momento somos 10 poços-caldenses que estarão em Brasília para a Marcha das Margaridas. Porém, aguardamos muito mais inscrições pela importância que tem o ato”, pontua ela.

“Conhecendo a realidade a gente percebe que a violência, o machismo, o patriarcado atingem a todas nós e é importante reverberar essa voz para que mais pessoas ouçam, para que a violência contra as mulheres realmente acabe, que a gente possa ter comida de verdade sem uso de veneno, que as nossas crianças, filhos e filhas, tenham creche, escola de qualidade, que a gente tenha nossos direitos como classe trabalhadora garantidos. É uma pauta de suma importância. Vamos marchar e denunciar que muitas mulheres ainda hoje continuam sendo assassinadas, assim como Margarida Alves”, diz.

Edna diz que o convite é para alcançar as mulheres do território Sul, que compreende 180 municípios. “Sairemos de Poços de Caldas dia 14 de agosto; dia 15, em Brasília, haverá o credenciamento e dia 16, a grande Marcha. Antes, 350 mulheres vão ocupar o Congresso, durante a plenária”.

A realização nacional é da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), com o apoio de outras entidades sindicais.

Apoio

Edna lembra que para viabilizar a viagem está sendo feito um apelo de apoio. O ônibus até Brasília vai custar 13 mil reais. “A inscrição para participar da Marcha é gratuita, mas há o custo do transporte, cada um paga 280 reais, se não conseguir um patrocínio”.

Quem puder colaborar com as mulheres que vão estar no evento em Brasília pode enviar qualquer quantia, via pix, para a chave edna.leite@yahoo.com.br.

Mulheres poços-caldenses na Marcha das Margaridas (divulgação)

Margaridas

Organizada a cada quatro anos desde o ano 2000, o nome do evento é uma homenagem à trabalhadora rural e líder sindical paraibana Margarida Maria Alves, assassinada em 1983. Margarida é um dos maiores símbolos da luta das mulheres por reconhecimento social e político, igualdade e melhores condições de trabalho e de vida no campo e na floresta.

As “Margaridas” são muitas em uma: mulheres da classe trabalhadora, mulheres rurais, jovens, negras, lésbicas, trans, agricultoras familiares, camponesas, indígenas, quilombolas, assentadas, acampadas, sem-terra, assalariadas rurais, extrativistas, quebradeiras de coco, catadoras de mangaba, apanhadoras de flores, ribeirinhas, pescadoras, marisqueiras, coletoras, caiçaras, faxinalenses, sertanejas, vazanteiras, retireiras, caatingueiras, criadoras em fundos de pasto, raizeiras, benzedeiras, geraizeiras, entre tantas outras.

Eixos

A pauta da Marcha das Margaridas deste ano é composta por 13 Eixos que se complementam e dialogam entre si e buscam refletir a dinamicidade dos contextos vividos pelas mulheres do campo, da floresta e das águas. A expectativa é que o Governo Federal, representado por todos os seus Ministérios, se comprometa com esta agenda propositiva, considerando a sua inserção nas ações previstas no Plano Plurianual 2024-2027.

  • Democracia participativa e soberania popular
  • Poder e participação política das mulheres
  • Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo
  • Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade
  • Proteção da natureza com justiça ambiental e climática
  • Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética
  • Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios (territórios costeiros, influenciados pela maré)
  • Direito de acesso e uso social da biodiversidade e defesa dos bens comuns
  • Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional
  • Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda
  • Saúde, previdência e assistência social pública, universal e solidária
  • Educação pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo
  • Universalização do acesso à internet e inclusão digital

(Com informações do https://ww2.contag.org.br/)

Marcha das Margaridas em Brasília. Foto Marcelo Camargo-Agência Brasil
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