“Eu fiz a missão de poços-caldense, eu trabalhei bem para ter minha carteira de jornalista e acho que cumpri meu dever”. Essas são palavras do jornalista Décio Alves de Morais, grande símbolo da imprensa local, que morreu na tarde desta terça-feira (25), aos 95 anos, vítima de uma parada respiratória. O corpo será velado no Velório Municipal e o enterro será às 10h, no Cemitério da Saudade.
A história dele é cheia de conquistas e lutas para o jornalismo poços-caldense. Seu Décio, como era conhecido, iniciou a militância na imprensa em 1941, como correspondente da revista Esporte Ilustrado. Por mais de 30 anos, representou na cidade os periódicos Gazeta Esportiva, Folha de São Paulo, Folha de Minas e Correio da Manhã, além de colaborar com publicações como A Justiça, O Eco e o Combate.
Empreendedor, foi co-fundador de diversas publicações, entre elas os jornais Folha de Poços (1954), Gazeta do Sul de Minas (1957), Jornal da Mantiqueira (1974), o qual fundou junto de Luiz Nassif, Sérgio Manucci, Rovilson Molina e Vitor de Carvalho, e Bate Papo, que criou com os filhos Rossmaly e Richard. Desde 1952, ele editava a Seleções Carnavalescas, uma das revistas sobre Carnaval mais antigas do país.
Também foi um dos fundadores da Associação Sulmineira de Imprensa (ASI) e teve importante atuação na área gráfica. Ele trouxe a primeira clicheria para Poços, em 1957, e em 1963 iniciou as atividades da Gráfica Sulminas.
Apaixonado pela Caldense, o jornalista possuía um vasto acervo de fotos de esportes e da história da cidade. Com este material, publicou os livros Memórias em preto e Branco, Memórias em Preto e Branco II, Memórias do Esporte e Coletânea.
Muitas histórias
Foram 95 anos de muito trabalho e dedicação, que renderam verdadeiros registros históricos para Poços de Caldas. Durante a Segunda Guerra Mundial, o jornalista inclusive chegou a servir o Exército, no serviço de inteligência.
Assim que acabou a guerra ele voltou para a cidade e casou-se com Araceles Moya de Morais, em um casamento que durou até 2017, quando a esposa faleceu. Eles tiveram três filhos (Rossmaly, Rozângela e Richard), nove netos e três bisnetos.
Em entrevista para o Quem Sou, programa do Poços Já TV, Décio conta esses e outros casos, que fazem parte da história de Poços de Caldas e do Brasil.
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