
O ex-diretor de Turismo Hugo Ribeiro do Rêgo será julgado pela Justiça Eleitoral. A decisão é do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Hugo é acusado de corrupção, estelionato e uso de documento falso que causaram prejuízos de cerca de R$ 2 milhões.
Na última terça-feira, o STJ julgou conflito de competência que existia entre a 222ª Zona Eleitoral e a 2ª Vara Criminal da comarca. Ou seja, declinando o caso à Justiça Eleitoral.
De acordo com o ministro relator Rogerio Schietti Cruz, a decisão se baseou em indícios de que o esquema de cobrança ilegal estaria vinculado a possíveis crimes eleitorais, como financiamento ilegal de campanha e falsidade ideológica eleitoral (caixa dois). Ou seja, aplica-se o entendimento consolidado de que a Justiça Eleitoral deve analisar crimes comuns conexos a ilícitos eleitorais.
Com a decisão do STJ, o processo seguirá na 222ª Zona Eleitoral de Poços de Caldas, que avaliará a denúncia e decidirá sobre a conexão entre os crimes comuns e eleitorais.
Vale lembrar que o caso segue em segredo de Justiça. Hugo encontra-se preso desde agosto, enquanto sua filha, de 26 anos, responde em liberdade pelo mesmo caso.
Por fim, a prefeitura reafirmou, através de sua assessoria, que adotou todas as medidas administrativas cabíveis ao tomar conhecimento dos fatos.
O caso
O caso investiga um suposto esquema liderado por Hugo que, entre 2022 e 2024, atuou em cargos comissionados na gestão do ex-prefeito Sérgio Azevedo.
Conforme o Ministério Público, ele se passava por responsável por um programa municipal de doação de terrenos no Distrito Industrial e cobrou mais de R$ 380 mil de empresários, entregando documentos falsificados como garantia. Somados, os valores recebidos chegam a R$ 2 milhões.








