MEIO AMBIENTE

Representantes da região vão à ALMG para debate sobre mineração no planalto vulcânico

Encontro vai avaliar os impactos socioambientais e socioeconômicos da eventual exploração mineral na região
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Representantes da região vão à ALMG para debate sobre mineração no planalto vulcânico
Audiência Pública em Belo Horizonte tem representantes da região de Poços de Caldas

Um grupo de representantes de associações de Poços de Caldas, Caldas, Andradas e Águas da Prata está em Belo Horizonte, nesta terça-feira (18). O objetivo é participar da audiência pública que discute a preservação do planalto vulcânico frente ao avanço da mineração de terras raras. O encontro, promovido pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), teve início às 10h, no Auditório da Casa.

A pauta ganhou destaque após o aumento do interesse de mineradoras pela área. Impulsionado pela recente identificação de uma grande jazida de terras raras no planalto vulcânico de Poços de Caldas, no sul de Minas. Segundo reportagem do G1, mais de 100 pedidos de exploração já foram protocolados na Agência Nacional de Mineração (ANM).

Com cerca de 750 km², o planalto é uma estrutura geológica marcada por uma ampla depressão circular resultante de um vulcão extinto há cerca de 80 milhões de anos, no período Cretáceo. A formação peculiar concentra minerais importantes, entre eles os elementos conhecidos como terras raras. Um grupo de 17 substâncias essenciais para setores como tecnologia e energia, cuja extração é complexa e de difícil purificação.

Avaliar impactos

A audiência tem como objetivo avaliar os impactos socioambientais e socioeconômicos da eventual exploração mineral na região. Bem como os riscos para o meio ambiente e para comunidades do entorno. O debate foi solicitado pelas deputadas Bella Gonçalves (Psol), Beatriz Cerqueira (PT) e pelo deputado Leleco Pimentel (PT).

Confirmaram presença representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), do Grupo de Estudos e Pesquisas Socioambientais (Getsa). E ainda da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), além de organizações não governamentais ligadas à defesa ambiental.

Também houve convite para membros do Governo do Estado, do Ministério Público de Minas Gerais, do Ministério Público Federal. E representantes dos poderes Executivo e Legislativo de Poços de Caldas e de municípios vizinhos, como Andradas, Águas da Prata e Caldas.

(Com informações da ALMG)

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