
O furto de um cavalo das dependências do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Poços de Caldas reacendeu um problema antigo e ainda sem solução: a falta de segurança adequada para abrigar equinos recolhidos pelo órgão. O caso mais recente ocorreu na madrugada de 14 de novembro, quando um cavalo marrom, com identificação por chip e sob responsabilidade do Instituto Pégasus, foi levado após a cerca do local ser cortada.
Segundo relato com registro na Polícia Civil, houve o recolhimento do animal no dia 12 após ser encontrado solto em via pública. Como não houve identificação de proprietário, o cavalo passou a ficar sob cuidado do Instituto Pégasus, organização que atua no resgate e reabilitação de equinos em Poços. Na quinta-feira anterior ao furto, representantes do Pégasus ainda viram o animal no CCZ. Porém, quando retornaram no sábado, os responsáveis disseram que alguém levou o animal durante a madrugada.
Apelo à autoridade pública
Esse tipo de ocorrência, porém, não é novidade. Ao longo dos últimos anos, segundo o Instituto Pégasus, furtos de cavalos dentro do CCZ têm se repetido, geralmente em circunstâncias semelhantes. Com invasões noturnas e retirada clandestina de animais antes de sua adoção responsável. Como consequência, a ONG afirma que equinos recolhidos acabam sendo alvo de interesse de exploradores.
Diante desse cenário, a situação levou o Instituto Pégasus a encaminhar, no dia 16 de novembro, um ofício à Secretaria Municipal de Saúde solicitando medidas urgentes para reforçar a segurança no local. No documento, a entidade cobra a instalação de cerca elétrica em todo o perímetro do CCZ e a melhoria da iluminação externa. Também a implantação de câmeras de monitoramento em pontos estratégicos. Com o objetivo de proteger tanto os animais quanto os servidores.
O ofício também pede que os equinos recolhidos pelo município passem a ter destinação preferencial ao Instituto Pégasus. Ficando ele responsável por avaliações e entrevistas rigorosas antes de qualquer adoção. A entidade afirma que essa medida evitaria que animais retornassem às mãos de pessoas que já os exploraram. Ou ainda que não oferecem condições adequadas de manejo. Situação que, segundo a ONG, já ocorreu em outras adoções conduzidas sem critérios mais rígidos.
Com o furto mais recente, o Instituto reforça que a vulnerabilidade estrutural do CCZ coloca em risco o trabalho de proteção e recuperação animal. E também expõe o município a perdas de patrimônio público. Até o momento, não há informações sobre o paradeiro do cavalo levado na madrugada.








