
O Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas mantém, em seu acervo, rochas contendo urânio e zircônio e segue aguardando laudos técnicos para definir possíveis medidas de segurança. As informações são do secretário municipal de Cultura Luiz Fernando Gonçalves, em resposta a pedido de informações do vereador Tiago Mafra (PT).
Segundo o documento, técnicos do Laboratório de Poços de Caldas (Lapoc) e da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) realizaram vistoria no museu nos dias 25 de setembro e 10 de outubro deste ano. O Lapoc instalou um equipamento para monitoramento de radiação por seis meses. Ambos os órgãos devem emitir relatórios oficiais, que embasarão decisões futuras.
Acesso permanece liberado
Apesar da presença de material radioativo, os especialistas não recomendaram o isolamento da área nem a suspensão de acesso do público ou servidores. Até o momento, não há plano de ação emergencial em caso de possível acidente.
Possíveis medidas de proteção
A Secretaria informou que, caso os laudos indiquem necessidade, equipamentos de proteção individual – como dosímetros e máscaras especializadas – serão adquiridos. Também não há, por ora, recomendação para exames médicos específicos nos servidores que tiveram contato com o material.
Origem do acervo
De acordo com registros internos do museu, a coleção de minerais radioativos foi doação, em 1972, do engenheiro de minas Resk Frayha. Parte do material fica em exposição permanente de mineralogia em 2006.
Comunicação à população
A prefeitura informou que só adotará medidas de comunicação pública após a apresentação dos relatórios técnicos oficiais, que devem indicar se há riscos à saúde e quais ações serão necessárias.
A situação permanece sob análise, e a expectativa é de que os laudos do Lapoc e da Unifal definam os próximos passos quanto à segurança, manejo e transparência sobre a presença de materiais radioativos no acervo público municipal.








