
O governador Romeu Zema e o vice-governador Mateus Simões participaram, nesta quarta-feira (24), da abertura do Congresso do 1º Diagnóstico da Segurança Pública de Minas Gerais, em Belo Horizonte.
Criminalidade cibernética
O levantamento foi elaborado em parceria entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e o Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da UFMG. E reuniu dados científicos de 2024 e 2025. O estudo aponta mudanças no perfil criminal. Com redução de crimes patrimoniais e aumento dos crimes cibernéticos, o que reforça a necessidade de novas estratégias de prevenção e conscientização digital.
Minas é o primeiro estado do país a contar com um Centro Integrado de Inteligência Cibernética (Ciberint). Voltado à prevenção, neutralização e repressão a crimes digitais, especialmente casos ligados à violência em escolas.
Segundo a Sejusp, esta é a primeira vez que Minas realiza um estudo tão amplo, que cruza registros policiais, percepções da população e qualidade de vida dos profissionais da segurança. O diagnóstico, com cerca de 1,5 mil páginas, se apoia em quatro pilares: vitimização, qualidade de vida no trabalho, capacidades municipais e capacidades institucionais.
O secretário Rogério Greco afirmou que o objetivo é enfrentar problemas com transparência e base em evidências. “A ideia é identificar o problema para que a gente possa enfrentar com tranquilidade e fazer tudo que estiver ao nosso alcance para uma resolução”, pontuou.
Criminalidade violenta
Desde 2019, os investimentos em segurança pública em Minas cresceram 60%. O que possibilitou expansão da frota, reforço no efetivo, aquisição de armamentos e equipamentos, inauguração de postos policiais e implantação de programas inovadores.
Os resultados refletem na queda da criminalidade violenta. Entre 2019 e 2024, houve redução de 54% nos crimes violentos. E ainda de mais de 65% nos roubos consumados e tentados e de 50% no número de veículos roubados.
Na comparação entre janeiro e agosto de 2025 e o mesmo período do ano anterior, os indicadores também apontam queda: homicídios (-9,92%), roubos (-25,71%), sequestros e cárceres privados (-6,25%) e estupros (-9,39%).
O Congresso segue até esta quinta-feira (25), reunindo gestores, especialistas e servidores da segurança para debater os resultados e propor novas estratégias para o setor.
(Fonte: Agência Mians)