
Em agosto de 2025 houve a identificação de um novo companheiro cósmico: o asteroide 2025 PN7, pertencente ao grupo dos chamados asteroides Arjuna. Esses corpos rochosos percorrem trajetórias muito semelhantes à órbita terrestre, mas sem a captura pela gravidade como verdadeiras luas.
A descoberta, com o sistema Pan-STARRS 1, no Havaí, recebeu análise dos pesquisadores Carlos e Raúl de la Fuente Marcos, da Universidade Complutense de Madri. A publicação aconteceu na Research Notes of the American Astronomical Society. Eles utilizaram dados do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa e do Minor Body Database (SBDB). Esses dados permitem reconstruir com precisão as órbitas desses pequenos objetos.
O que é um quase-satélite
Os quase-satélites mantêm uma ressonância 1:1 com a Terra. É como dois dançarinos em sincronia, próximos, mas sem contato direto. Eles diferem das chamadas “miniluas”, que são temporariamente capturadas e acabam escapando. Foi o que ocorreu com o asteroide 2024 PT5.
No caso do 2025 PN7, sua órbita permanecerá em ressonância por cerca de 128 anos, até adotar outra configuração, possivelmente como objeto troiano ou em ferradura.
Asteroides Arjuna
Os Arjuna se caracterizam por órbitas quase circulares, baixas inclinações e semieixos muito próximos ao da Terra. Embora não representem risco imediato de impacto, reforçam a influência gravitacional do planeta na dinâmica orbital ao seu redor. Outros exemplos de quase-satélites já identificados são 164207 Cardea e 469219 Kamo‘oalewa.
A presença de 2025 PN7 amplia a lista de vizinhos cósmicos e lembra que, além da atmosfera terrestre, existe um cenário dinâmico, onde pequenas rochas executam coreografias orbitais que ainda estamos aprendendo a compreender.
(Fonte: tempo.com)