
O Brasil celebra nesta terça-feira (16) o Dia Nacional do Caminhoneiro, instituído pela Lei nº 11.927/2009 em reconhecimento ao papel desses profissionais, fundamentais para o abastecimento e a integração do território. Responsável por transportar 60% de toda a carga nacional, a categoria enfrenta, no entanto, um cenário de alerta. Queda no número de motoristas, envelhecimento da mão de obra e condições de trabalho adversas.
Segundo o Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), o país registrou redução de 5,5 milhões para 4,4 milhões de caminhoneiros entre 2014 e 2024, uma queda de 20%. O levantamento também aponta que 60% têm mais de 51 anos, enquanto apenas 4% estão na faixa de 18 a 30 anos, o que compromete a renovação da categoria.
Desafios
Entre os principais desafios estão longas jornadas, estradas precárias, riscos de segurança e baixa remuneração, fatores que afastam as novas gerações da profissão. A rotina também impacta a saúde. Muitos motoristas excedem o tempo legal ao volante e recorrem a substâncias para manter-se acordados, aumentando riscos de acidentes.
Políticas públicas
Diante desse cenário, o governo federal vem ampliando políticas públicas voltadas ao setor. Como a Política Nacional de Pontos de Parada e Descanso (PPDs), que prevê áreas seguras com serviços básicos nas rodovias. O MEI Caminhoneiro, que oferece benefícios previdenciários. E o programa Agora Tem Especialistas, com unidades móveis de saúde para atendimento nas estradas.
Além da data nacional, a categoria é homenageada em 30 de junho, em São Paulo, e em 25 de julho, Dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, quando acontecem festas e bênçãos em estradas de todo o país.
(Com informações da Agência Brasil e Ilos)