Nos últimos dois anos, mais de 1.600 pessoas em situação de rua passaram por atendimentos e foram encaminhadas para outros municípios a partir de Poços de Caldas, segundo informações da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS). A resposta foi ao Requerimento de vereador Diney Lennon (PT). Em 2024 foram 1.126 pessoas e em 2025, até julho, 549.
De acordo com a Secretaria, os encaminhamentos ocorrem somente mediante solicitação voluntária das próprias pessoas, após avaliação técnica das equipes do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) e do Serviço Especializado em Abordagem Social. As situações mais comuns envolvem o retorno ao município de origem ou o reencontro com familiares ou redes de apoio, sempre respeitando a dignidade e os direitos fundamentais dos indivíduos.
A SMAS destaca que não há remoções compulsórias e que todos os atendimentos são registrados em prontuários individuais. Garantindo que o processo siga critérios técnicos, incluindo manifestação de vontade da pessoa, contato prévio com o município ou familiar de destino. E ainda encaminhamento formal quando necessário.
A Secretaria também esclarece que não existem convênios formais com municípios de destino, mas há comunicação técnica em rede, quando possível. O acompanhamento pós-encaminhamento tem limitações, já que a atuação das equipes municipais restringe-se ao território de Poços de Caldas.
No município, existem atualmente quatro Casas de Passagem e um Abrigo institucional voltados ao acolhimento de pessoas em situação de rua. Além de um serviço de Residência Inclusiva para pessoas com deficiência sem vínculos familiares ou rede de apoio. Pessoas com transtornos psiquiátricos e/ou dependência química recebem atendimento pela Rede de Atenção Psicossocial (Raps), da Secretaria Municipal de Saúde.