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Defensoria Pública recomenda suspensão do Programa de Escolas Cívico-Militares em Minas Gerais

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Defensoria Pública recomenda suspensão do Programa de Escolas Cívico-Militares em Minas Gerais
Divulgação SEE-MG

A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) recomendou à Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) a suspensão imediata do Programa de Escolas Cívico-Militares no Estado. A orientação foi das Coordenadorias Estratégicas de Tutela Coletiva (Cetuc) e de Promoção e Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes (Cededica). Que apontam inconstitucionalidades e riscos à educação de crianças e adolescentes.

Segundo a instituição, o modelo de gestão híbrida, que prevê a atuação de militares em funções pedagógicas e administrativas, apresenta uma série de vícios de legalidade e contraria princípios constitucionais da educação.

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Pontos de inconstitucionalidade

Na recomendação, a Defensoria destaca cinco problemas centrais do programa:

  1. Usurpação de competência legislativa da União – A gestão cívico-militar não tem respaldo na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e foi instituída apenas por atos administrativos, sem previsão legal estadual.

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  2. Violação à gestão democrática do ensino público – A presença de militares em instâncias decisórias esvazia o papel da comunidade escolar, em desacordo com o artigo 206 da Constituição Federal.

  3. Desvio de função de militares – Policiais e bombeiros têm convocação para atividades educacionais sem formação específica, o que fere suas atribuições constitucionais.

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  4. Desvalorização dos profissionais da educação – A substituição de funções pedagógicas por militares ignora a formação técnica dos educadores e o requisito de concursos públicos.

  5. Incompatibilidade com princípios educacionais – O modelo militar, baseado em disciplina rígida e hierarquia, contrasta com o pluralismo de ideias, a liberdade de aprendizado e o estímulo ao pensamento crítico.

Defesa da educação pública

A DPMG lembra que o programa teve revogação em âmbito federal em 2023. Isso ocorreu após ser considerado incompatível com os marcos legais da educação. A recomendação mineira reforça o papel da instituição na proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Isso está conforme o previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e na Constituição Federal.

“O compromisso da Defensoria é com a construção de um ambiente escolar que valorize o pluralismo de ideias e a solução pacífica dos conflitos. Valoriza também a liberdade de pensamento crítico, a participação democrática da comunidade escolar e a valorização dos profissionais da educação”, afirmou o defensor público Paulo Cesar Azevedo de Almeida, que assina o documento pela Coordenadoria Estratégica de Tutela Coletiva.

Pedido de resposta

A SEE/MG terá 10 dias para se manifestar e encaminhar os documentos que embasaram a criação do programa. A Defensoria também informou que está aberta ao diálogo institucional para a construção de soluções democráticas na educação pública.

(Fonte: Defensoria Pública de Minas Gerais)

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