Sul de Minas pode se tornar um dos epicentros da disputa global por terras raras

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Sul de Minas pode se tornar um dos epicentros da disputa global por terras raras
Divulgação Cabo Verde Mineração

A corrida global por terras raras, minerais essenciais para a transição energética, pode colocar Poços de Caldas e cidades próximas, no sul de Minas, no centro de uma disputa estratégica. Com uma cratera de vulcão extinto que pode abrigar 20% da demanda mundial desses minérios, a região atrai empresas e até interesse dos EUA, em meio a tensões comerciais com a China.

Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), o Brasil já concedeu 1.882 autorizações para pesquisa de terras raras. Sendo 361 só em Minas Gerais – um terço delas na área de Poços de Caldas. A região, que inclui ainda cidades como Andradas, Caldas e Águas da Prata (SP), pode gerar 300 milhões de toneladas desses minérios, segundo o geólogo Álvaro Fochi, descobridor da jazida na década passada.

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Duas mineradoras australianas devem iniciar extração entre 2026 e 2027, explorando uma região de 420 km². Estudos apontam que 15% dessa área contém 2 bilhões de toneladas de argila com íons de terras raras suficientes para duas décadas de atividade.

Interesse dos EUA e domínio chinês

O Brasil, dono da segunda maior reserva global (23% do total), virou alvo de interesse dos Estados Unidos, país com quem trava uma inédita guerra comercial. De acordo com o Ibram, o governo dos EUA sinalizou querer acordos para garantir acesso a esses minérios, cruciais para carros elétricos e turbinas eólicas. A China, porém, domina 90% do mercado, posição consolidada desde os anos 1990.

Vantagem competitiva

A jazida de Poços de Caldas se destaca pela facilidade de extração: os minérios estão em argila, a apenas 30 metros de profundidade. O método backfill, que recupera áreas exploradas simultaneamente, reduz custos e impactos ambientais. “É cinco vezes mais barato que mineração profunda”, afirmam as empresas.

Enquanto o Brasil avança com 56 projetos estratégicos, incluindo R$ 45,8 bilhões em investimentos, a região sul-mineira se consolida como peça-chave na geopolítica dos minérios. Resta saber quem sairá na frente nessa disputa silenciosa, mas decisiva para o futuro da tecnologia.

(Fonte: https://redemoinho24.com/)

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