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A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (15), uma mulher de 38 anos, conhecida como “Dama do Crime”, no bairro Buritis, região oeste de Belo Horizonte (MG). Investigada por lavagem de dinheiro e fraude bancária. Além disso, ela integrava a cúpula do Comando Vermelho (CV) e teria ascendido na facção após receber um seguro de vida de R$ 2 milhões pela suposta morte do marido, Júnior Gago, um dos líderes da organização.
As autoridades, no entanto, suspeitam que o óbito pode ter sido forjado para liberar o valor e afastar o traficante dos holofotes. Enquanto a polícia boliviana confirmou a morte, as autoridades brasileiras ainda não reconheceram o falecimento, já que o corpo estava carbonizado.
Conforme a polícia, após receber o dinheiro, a “Dama do Crime” passou a levar uma vida luxuosa e investiu em sua imagem. Há cerca de dez dias, ela realizou uma cirurgia plástica, segundo a PCMG. Nas redes sociais, se apresentava como CEO de um estúdio de beleza, postando fotos em eventos sociais para manter aparência de legalidade.
Operação Reversus
A prisão faz parte da Operação Reversus, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro movimentado entre Mato Grosso, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Segundo o delegado Anderson Kopke, da 3ª Delegacia Especializada em Fraudes, a suspeita coordenava a comunicação entre estados e operacionalizava o branqueamento de recursos do tráfico.
Em nota, a defesa da suspeita afirmou que ela não tem relação com os crimes e que os autos correm em segredo de Justiça.