
Depois de dois anos de isolamento devido à pandemia de covid e de muita ansiedade, a festa de Momo movimenta e impulsiona os setores de eventos, serviços, hotéis, bares, restaurantes e até mesmo a economia informal, segmentos que estão investindo e apostam na expansão das vendas, lucros maiores e mais oportunidades de emprego e renda.
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) prevê a injeção de R$ 1 bilhão na economia mineira e geração de 9 mil postos de trabalho só na capital. Alguns autônomos já projetam também ganhos superiores a 500% em relação a um simples final de semana.
Otimismo
Levantamento recente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que o carnaval deste ano deve movimentar, em todo o Brasil, R$ 8,18 bilhões em receitas, uma expansão de 26,9% em relação a igual período do ano passado. A pesquisa mostra que três segmentos devem girar 85% dessa receita: bares e restaurantes, com movimentação esperada de R$ 3,63 bilhões, transporte de passageiro (R$ 2,35 bilhões) e serviços de hotelaria e hospedagem (R$ 890 milhões). O restante ficou com empresas de lazer, cultura e outros segmentos, como aluguel de veículos e agências de viagens.
“A expectativa é bastante positiva tanto para os comerciantes como para o setor hoteleiro. Temos dois anos de demanda reprimida e as pessoas estão ansiosas para curtir a festa. Este retorno vai estimular o consumo em bares, restaurantes, lojas de fantasias, aviamentos, maquiagens”, avalia o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) Marcelo de Souza e Silva, que prevê a injeção de R$ 1 bilhão na economia mineira, sendo R$ 700 milhões em BH.
“Esses valores, com certeza, vão aquecer a economia, gerar mais emprego e melhorar a renda das famílias. Há uma expectativa positiva também de geração de empregos no interior do estado. Temos certeza que a festa vai trazer fôlego para a economia, gerar renda e postos de trabalho”, prevê Silva.
Estudo da CDL revelou que 75% dos comerciantes, prestadores de serviços e da rede hoteleira estão otimistas com a festa de Momo e o impacto positivo que a evento pode trazer para a economia. O levantamento mostrou também que 54% dos comerciantes da capital esperam boas vendas no período do Carnaval.
Hotéis
O setor hoteleiro em Minas também aposta em uma expansão durante a festa de Momo. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH/MG), a expectativa é de crescimento de 10% na taxa de ocupação dos estabelecimentos neste ano em relação a 2022. No ano passado, a ocupação no setor alcançou a casa dos 70% e a projeção para este ano é chegar aos 80%. (fonte Agência Minas)