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DIA DA GULA | Nutricionista e psicóloga dão dicas para melhorar a relação com a comida

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Hoje, 26 de janeiro, é considerado o Dia da Gula. O Poços Já, inclusive, fez uma lista de lugares que podem matar sua vontade (clique aqui para ver), mas este assunto também tem outra vertente: a relação de cada um com a comida. A reportagem procurou a nutricionista Lygia Del Rio e a psicóloga Daphne Rajab Cardia para saber mais sobre o assunto.

A alimentação está diretamente relacionada ao prazer e, por isso, muitas vezes a vontade é confundida com necessidade. Além disso, é comum o sentimento de culpa após aquele rodízio de pizza ou uma ida à sorveteria.

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Daphne explica que os exageros são cometidos principalmente como recompensas. “A fome é um mecanismo biológico e logo que nascemos já associamos a comida com um conforto emocional. Através da amamentação obtemos, além do leite que nutre, a sensação de acolhimento, proteção e segurança. Devido a essa associação, com a qual já nascemos programados, quando vivenciamos situações difíceis e estressantes existe uma tendência a buscar o conforto ou a compensação emocional na comida”, esclarece a psicóloga.

Para a nutricionista Lygia Del Rio, a dieta deve seguir as possibilidades de cada um

Por outro lado, não há problema em comer o que tem vontade. Mas, de acordo com Lygia, é importante entender se a alimentação desregrada é uma regra ou exceção no cotidiano. “O significado de exceção é importante: a exceção existe para confirmar a regra, ela acontece menos do que a regra. Se vez ou outra saímos da dieta, tudo bem, o corpo dá conta da compensação. No geral, o organismo consegue compensar sem ter a necessidade de pular uma refeição no dia seguinte”, diz a nutricionista.

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Portanto, livrar-se da culpa também é fundamental. Neste contexto, de nada adianta iniciar uma dieta que seja impossível de cumprir. Também é importante valorizar os momentos nos quais a alimentação faz parte, como reuniões com amigos e familiares.

Lygia conta que a dieta ideal é a possível. “Cada corpo é um corpo, a biologia não corresponde necessariamente a um conceito matemático, porque também é influenciada pelos costumes, pela cultura, pela relação com o alimento. A comida não é só um amontoado de nutrientes, mas tem um papel cultural e social importante”, destaca.

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Necessidade x vontade

A vontade de comer “besteiras” pode estar relacionada a questões emocionais, como ansiedade e altas cargas de estresse. Por isso, a terapia pode ser uma ótima aliada da nutrição.

Daphne pontua a importância de aliar a nutrição à saúde mental

Daphne relata que é importante aliar a saúde física à mental para que a relação com a comida seja adequada. “Para manter o equilíbrio emocional será preciso gerenciar essa carga adicional estressora, desenvolvendo recursos para identificar as causas e gatilhos do estresse, mecanismos para tornar as reações conscientes e poder agir sobre elas, canalizando a energia do estresse para atividades relaxantes ou compensatórias mais produtivas e saudáveis. Lembrando ainda que, caso esse estresse não seja redirecionado,
pode interferir no nível de ansiedade e acarretar em transtornos mais graves”, analisa a psicóloga.

Lygia ainda faz um alerta: pessoas magras também podem ter problemas na alimentação.  Ela ainda reafirma a importância da terapia no processo de reeducação alimentar. “Principalmente quando comer (ou deixar de comer) é o único recurso que a pessoa tem para lidar com seus próprios sentimentos. Este é um dos recursos possíveis, mas é necessário aumentar o repertório. Outros exemplos são: tomar um banho, dar uma volta no quarteirão, brincar com um animal de estimação, conversar com um amigo. A terapia com certeza ajuda a descobrir novas maneiras de lidar com os sentimentos”, conclui.

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